(Reuters) – O diretor do FBI, Christopher Wray, disse ao Wall Street Journal que a agência está investigando cerca de 100 tipos diferentes de ransomware, muitos dos quais partem de elementos da Rússia.

Na entrevista publicada nesta sexta-feira, Wray destacou a Rússia como país que abriga muitos usuários conhecidos de tais invasões cibernéticas com pedido de resgate.

Cada uma das 100 variantes diferentes de software mal-intencionado é responsável por diversos ataques de ransomware nos Estados Unidos, disse Wray ao jornal.

Também nesta sexta-feira, o Kremlin disse que o comentário do diretor do FBI de que a Rússia é um porto seguro para hackers foi “emocional”, relatou a agência de notícias RIA.

As colocações de Wray vieram um dia depois de um ataque cibernético interromper grande parte das operações da processadora de carne brasileira JBS JBSS3.SA na América do Norte e na Austrália. A Casa Branca ligou o ataque a um grupo sediado na Rússia.

No mês passado, o Colonial Pipeline, o maior oleoduto dos EUA, foi atingido por um ataque de ransomware que prejudicou o fornecimento de combustível durante vários dias no sudeste do país. O FBI atribui a ação a um grupo que se acredita estar radicado na Rússia ou no leste europeu.

O Departamento de Justiça dos EUA está elevando as investigações de ataques de ransomware a um nível de prioridade semelhante ao de terrorismo, disse uma autoridade graduada do departamento à Reuters na quinta-feira.

O ransomware funciona criptografando os dados da vítima, e normalmente os hackers oferecem uma chave a esta em troca de pagamentos em criptomoedas que podem chegar a centenas de milhares ou até milhões de dólares.

(Por Kanishka Singh e Aakriti Bhalla em Bengaluru)

((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))

REUTERS PF

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4 jun 2021, às 08h53. Atualizado em: 15 nov 2021 às 19h08.
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