(Corrige palavra do título sem alterações no texto)

Por Thomas Escritt

BERLIM (Reuters) – A denunciante do Facebook, Frances Haugen, pediu nesta quarta-feira que os governos supervisionem o Facebook para que a companhia respeite a promessa de não utilizar tecnologia de reconhecimento facial.

O Facebook fez o anúncio sobre a tecnologia na terça-feira, em parte como resposta às crescentes críticas de reguladores e legisladores sobre a segurança do usuário e abusos em suas plataformas. Ativistas afirmam que a tecnologia de reconhecimento facial representa uma séria ameaça à privacidade.

“Eu defendo fortemente a supervisão do governo”, disse Haugen. “Quando eles dizem que nos livramos disso, o que isso realmente significa?”, questionou ela. “Tem que haver mais transparência sobre como essas operações funcionam para garantir que eles realmente cumpram com suas obrigações.”

Antes de uma reunião com o ministro da Justiça da Alemanha, a denunciante, que vazou uma coleção de documentos sobre o funcionamento interno do Facebook, acrescentou que a regulamentação “baseada em princípios” da União Europeia e da Grã-Bretanha foi mais eficaz em restringir as empresas de tecnologia do que a abordagem mais rígida dos Estados Unidos. A Europa também teve um papel especial a desempenhar para garantir que o Facebook melhore o monitoramento de conteúdo em outros idiomas além do inglês.

O Facebook tem enfrentado críticas que acusam a companhia de não agir contra o discurso de ódio em idiomas diferentes do inglês.

“Um lugar linguisticamente diverso como a Europa pode ser um defensor para todos ao redor do mundo que não falam inglês”, disse ela. “A realidade é que o Facebook subinvestiu radicalmente em sistemas de proteção e segurança para todos os idiomas além do inglês.”

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4 nov 2021, às 10h56. Atualizado às 11h00.
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