Por Tatiana Voronova

MOSCOU (Reuters) – Ataques cibernéticos custaram às empresas e aos cidadãos russos até 3,6 trilhões de rublos (49 bilhões de dólares) neste ano, de acordo com o Sberbank, maior banco do país. A Rússia encorajou seus cidadãos a mudar para cartões bancários e limitar o uso de dinheiro para tentar reprimir a economia subterrânea, mas o número de crimes ligados a cartões bancários subiu 500% em 2020, estimou o Ministério do Interior. Stanislav Kuznetsov, vice-presidente do Sberbank que supervisiona a segurança e os serviços, disse à Reuters que empresas privadas e russos comuns são os principais alvos dos ataques cibernéticos, uma vez que os serviços de segurança do Estado estão mais bem protegidos. “O setor privado é o mais vulnerável: tudo, desde as contas dos clientes aos dados financeiros e documentos de licitação são direcionados: há 2,3 milhões de contas ´darknet´ operando em russo e oferecendo os dados roubados”, disse. Criminosos cibernéticos que falam russo operam na Alemanha, Ucrânia e Venezuela, bem como na Rússia, disse o Sberbank, controlado pelo governo, que dirige sua própria unidade de segurança cibernética para fornecer proteção de TI e defesa cibernética para o banco e outros. Embora os bancos, incluindo o Sberbank, estejam mais protegidos em comparação com outras partes da economia, a fraude telefônica –quando uma pessoa que diz ser funcionário do banco pede que o cliente forneça dados de um cartão– está se tornando mais comum, disse Kuznetsov. Ele estimou que os russos podem perder até 10 bilhões de rublos com fraudes telefônicas somente neste ano. Ele não forneceu dados para 2019. O banco central russo registrou mais de meio milhão de operações não autorizadas em contas bancárias no país no ano passado, que registrou 6,4 bilhões de rublos roubados de contas bancárias privadas e corporativas.

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28 dez 2020, às 13h02. Atualizado às 13h05.
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