Por meio de bilhete, uma menina de 12 anos denunciou abusos sexuais que estava sofrendo do padrasto, de 36 anos, em Santo Antônio da Platina, no norte do Paraná. Ela deixou o papel no banheiro da escola em que estuda. A direção do colégio encontrou o pedido de ajuda, identificou a vítima e fez a denúncia na delegacia.

O delegado Rafael Guimarães informou que, no bilhete, a jovem escreveu “sou abusada e estuprada. Socorro. Ajuda. Me mate de uma vez. Não vai ser a primeira vez e nem a última vez isso”. Embora não tenha assinado o pedido, a direção conseguiu descobrir a autoria. Ao ser questionada, a menina contou para a equipe da escola que o padrasto a abusava sexualmente desde os sete anos. Para cometer o crime, ele esperava a mãe da garota sair de casa para trabalhar.

A menina foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito. O perito constatou sinais de violência sexual.

A princípio, a Justiça decidiu que o padrasto deveria se afastar da residência e não ter contato com a vítima. Entretanto, a Polícia Civil foi informada que o homem continuava frequentando o imóvel. O delegado Rafael Guimarães pediu a prisão do suspeito, que foi aceita pelo poder judiciário.

Com base no laudo do IML, o inquérito foi concluído e o homem foi indiciado por estupro de vulnerável. Ele pode ser condenado a até 15 anos de prisão. O homem se entregou voluntariamente na delegacia. A defesa do acusado nega todas as denúncias.

2 dez 2021, às 10h30.
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