Mulher se esconde na casa de vizinho após ter sido espancada pelo marido

Uma mulher em desespero se escondeu na casa do vizinho, por supostamente ter sido espancada pelo marido. O caso aconteceu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Antes dela sair da residência, a Polícia Militar (PM) foi até o imóvel onde o casal mora  – por conta de uma denúncia – mas a vítima não teve coragem de confirmar o que estava acontecendo.

Imagens de uma câmera de vigilância mostram o momento em que o homem se revolta e joga objetos pelo quintal. A mulher chega para perguntar o que está acontecendo e uma discussão começa. Os dois entram na casa e é neste momento que a mulher teria sofrido as agressões.

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“Primeiro ele bateu no filhinho deles e ela foi reclamar, ele xingou ela de palavrões e foi para fora, onde o vídeo pega ele quebrando tudo. Ela foi lá fora e falou ‘que isso, tá ficando louco?’ Aí ele foi para cima dela e a espancou, ele cortou a mão batendo nela, foi um horror”,

contou um familiar da vítima, que preferiu não se identificar.

O caso aconteceu no último final de semana. A mulher saiu de casa depois da agressão e o homem permaneceu até a segunda-feira (25). “Ela não sabia o que fazer, estava desesperada. Alguém falou com ele, não sei ao certo quem foi, aí ele devolveu as chaves da casa e pegou as coisas dele”, relatou o parente.

A família da vítima mora em São Paulo e, conforme aos familiares, ela não quer ir para a cidade porque acredita que o homem pode segui-la.

“Ela está acuada, morrendo de medo, ela não quer nem vir para minha casa, porque ela acha que ele vai vir atrás e fazer alguma atrocidade com a gente. Então, ela não sabe para onde ir, está com muito medo”,

disse.

O casal está junto há 22 anos e tem dois filhos, um de seis anos e outro 16.

Na segunda-feira (25), a vítima foi até a Delegacia da Mulher para dar queixa do marido e pedir uma medida provisória.

“Havendo o quebramento das diretrizes de uma medida protetiva, ou seja, esse agressor procurou a vítima, ou fez qualquer tipo de contato, ela vai narrar isso às autoridades para que o caso seja analisado para tomar as possíveis providências em relação a esse possível descumprimento de medida protetiva”,

afirma a delegada Cláudia Kruger.