por Mônica Ferreira
com informações de Tiago Silva, da RICtv

Um homem suspeito de torturar a esposa durante nove anos foi preso em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, nesta quarta-feira (28). Conforme o Boletim de Ocorrência, realizado pela vítima, além das agressões ela era dopada com remédio e sofria violência sexual constantemente.

A mulher ainda conta que era obrigada a ficar ajoelhada em feijões e tampinhas de garrafas com um saco de ração cobrindo sua cabeça. A vítima, que mora na zona rural de Colombo, tinha medo de denunciar o companheiro. Um parente que percebeu as marcas de agressões no seu corpo e a convenceu ir até a delegacia para denunciar o companheiro.

Em um áudio enviado por um aplicativo de mensagem, o suspeito mostra arrependimento pelo que fez.

“Você acha que eu não tenho na minha cabeça cada cena do que eu estava fazendo com você? Você acha que eu consigo tirar da lembrança cada covardia que eu fiz com você? Você é inocente, inofensiva, sem reação nenhuma. Você acha que eu estou de boa? Você acha que eu estou tranquilo? Você acha que eu estou conseguindo dormir à noite?[…] Vejo todas as suas coisas e olho para aquele canto e vejo todas as cenas do que eu estava fazendo com você”.

diz o suspeito.

De acordo com o delegado Herculano Abreu, a mulher estava lesionada e muito abalada. “Nós temos que trabalhar tecnicamente, não ir pelo lado emocional. Nós vimos os dados apresentados, as lesões, a versão dela e verificamos que realmente tem veracidade nas informações que ela nos passou”, relatou o delegado Herculano Abreu.

Diante da gravidade do caso, a mulher foi encaminhada para o Instituto Médico-Legal (IML) e os laudos confirmaram a violência. O delegado ainda informou que foi solicitado a prisão preventiva do suspeito. Na noite da terça-feira (28) ele foi encaminhado à delegacia e deverá ser levado ao Complexo Médico-Penal, em Pinhais, ainda nesta semana.

Formalmente o suposto agressor ainda não prestou depoimento. Porém de forma extra oficial, negou as acusações. A vítima foi acolhida e diz espera por justiça.

29 jun 2022, às 18h40.
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