por Daniela Borsuk
com informações da RICtv

Um médico ginecologista suspeito de abusar sexualmente de pelo menos nove mulheres foi alvo da operação “Dignitas”, da Polícia Civil do Paraná, na manhã desta quarta-feira (22). A equipe policial cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Paranaguá, no Litoral, na residência e na clínica do profissional. O médico está sendo investigado por diversos crimes contra a dignidade sexual de pacientes.

De acordo com a Polícia Civil, além dos mandados de busca, a Justiça determinou que o médico seja monitorado eletronicamente com tornozeleira e também decidiu por mais medidas cautelares restritivas. Com isso, o ginecologista não deve se ausentar do país, deve fazer recolhimento domiciliar no período noturno, foi proibido de ter contato com as vítimas e de exercer a medicina. Ainda, a inscrição médica do suspeito deve ser suspensa.

As investigações da polícia começaram depois que uma paciente procurou a delegacia relatando ter sido abusada durante um atendimento. Depois que o caso repercutiu na mídia, novas vítimas começaram a denunciar o ginecologista.

Na época em que as investigações começaram, em maio, o advogado do médico se pronunciou afirmando que os casos se tratavam de mal entendidos e ressaltou que o profissional já atuava na área há mais de 40 anos.

Atualização

De acordo com a Polícia Civil, um celular foi apreendido pela equipe e deve ser agendada uma data para a instalação da tornozeleira eletrônica. O delegado Nilson Diniz havia solicitado a prisão do médico, mas a Justiça optou por medidas cautelares.

O advogado Luis Gustavo Janiszewski esteve na delegacia para acompanhar a operação. “Saio satisfeito com o que eu vi, o Poder Judiciário foi muito prudente, muito cauteloso neste sentido, a preventiva realmente era algo exagerado, não precisava disso. Foi feita a busca e apreensão tanto no consultório do doutor como em sua residência. Ao contrário do que tenta-se fazer crer, a busca e apreensão é algo muito benéfico para o Amauri. É de interesse dele que todos os meios de investigações, de provas sejam usados, quanto mais autoridade policial trabalhar e captar informações, melhor para o Dr. Amauri. Vai chegar ao final e vai esclarecer e pontuar que ele não tem nenhuma prova contra ele, nada que denigra a imagem”, relatou o advogado.

22 jun 2022, às 11h54. Atualizado às 12h50.
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