por Guilherme Becker
com informações de Bruna Froehner, da RICtv

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu um suspeito de um homicídio cometido em dezembro de 2021, no bairro Orleans, em Curitiba. O suspeito detido nesta semana foi apontado como líder de uma organização criminosa e chefe do tráfico na região do Gabineto, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). A vítima do crime, conhecida como Coquinha, seria um ‘colaborador’ que revendia a droga em uma biqueira.

Segundo a investigação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), coordenada pela delegada Tathiana Guzella, o homem torturado e assassinado tinha 37 anos e devia um valor para o chefe do tráfico.

“Este crime chama bastante atenção porque houve umas características de que a vítima primeiro foi sequestrada na região do Gabineto, na CIC, e segundo, provavelmente foi torturada antes de ser morta, teve as mãos amarradas”,

lembrou Tathiana Guzella.

O corpo da vítima foi encontrado no dia 9 de dezembro de 2021, baleado e com as mãos amarradas. A principal suspeita é que o chefe do tráfico tenha cometido o crime.

“Essa pessoa que foi presa aqui pela equipe da DHPP, inclusive depois de dois dias de campana, ela nega e diz que não tem nada a ver. Diz que mal conhecia a vítima, entre outras informações que acreditamos serem inverídicas. Ainda há algumas diligências faltantes, mas já caminhamos para o final da investigação”,

completou a delegada.

Motivação pode ter sido uma ‘traição no tráfico’

Nesta quarta-feira (3), a delegada também revelou a motivação para o crime. Segundo Tathiana, a vítima que vendia a droga para o traficante também era usuária. Com o alto consumo, o homem acabou gerando uma dívida com o chefe e não conseguiu pagar. Na tentativa de quitar a conta, o rapaz passou a vender drogas de outro traficante, porém, utilizando a biqueira do Gabineto.

“Com isso, ela não conseguia mais sobreviver, não tinha dinheiro para ela própria. Então ela começou a vender droga de um outro traficante, só que o chefe da organização, o dono das biqueiras, mandou um cara lá comprar. ‘Vai lá e comprar porque quero ver essa droga, porque ele não está vendendo, mas vive lá e não chega o dinheiro aqui’, aí ele mandou uma pessoa fazer uma compra com Coquinha e descobriu que era outra embalagem, com outro fecho. Ao descobrir que a droga não era dele, esse foi o motivo da morte”,

detalhou Tathiana.

O caso segue em investigação na DHPP, porém, está perto de ser concluído com a prisão do principal suspeito.

3 ago 2022, às 13h19.
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