por Redação RIC.com.br
com informações de William Bittar, da RICtv

Está em liberdade Nelson Pereira Filho, suspeito de envolvimento na morte da lutadora de MMA, Michele Chinol, que foi encontrada dentro de um porta-malas, em fevereiro deste ano, no bairro Ganchinho de Curitiba. Ele e a mulher, Ketelin Malmann Marcelino, são os principais acusados do crime. 

Nelson ficou preso por 15 dias. Ele é apontado pela Polícia Civil como o homem que aparece nas imagens no dia que o carro da Michele é abandonado. Ela já estava morta dentro do porta-malas. 

O suspeito conversou com a RICtv e abriu o jogo. Nelson Pereira Filho conta que se relacionava com Ketelin há quatro meses e que começaram a morar juntos depois que ela disse que estava grávida. Ele relata também, que no dia do desaparecimento de Michele, pediu para a companheira ir até o mercado e que naquele dia ela chegou mais tarde que o habitual e não foi fazer as compras. 

“Aquele dia em específico nós combinamos que a Ketelin iria até o mercado, pois eu faço dieta e precisava preparar a marmita. Ela não fez isso. Depois eu tentei falar com ela, mas não consegui”, relata o acusado. 

De acordo com a Polícia Civil, Ketelin Malmann Marcelino era amiga da vítima e se passava por psicóloga dela, mesmo sem ter formação para atuar na área. Nas redes sociais a profissional se apresenta como Coach de Vida, ‘Te ajudo a fortalecer a relação mais importante da sua vida: com você mesma’. Após a morte da lutadora, a suspeita chegou a criar um grupo em um aplicativo de mensagem com uma amiga da vítima.

Nelson afirma que desconhece a profissão que a acusada dizia ter. 

“Não sei de ninguém que ela tinha contato como psicóloga, além da Michele”, revela Nelson Pereira Filho. 

Ketelin continua presa temporariamente. A RICtv teve acesso ao depoimento dela, prestado na delegacia antes e depois da prisão. Ela diz que as duas eram amigas e que no dia do desaparecimento de Michele, foi duas vezes ao supermercado, contrariando a versão do companheiro. 

Outra contradição do casal foi o momento da chegada da suspeita em casa. Ela diz que chegou em casa, na Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), às 19h e não saiu mais, diferente do que afirmou Nelson para a polícia. 

Após ser presa, a suspeita mudou a versão e disse que se encontrou com a vítima naquele dia de manhã. O advogado de defesa diz que não houve uma briga entre as duas e que Michele apenas contou os problemas de sempre. 

Ketelin conta também que não se lembra de tudo o que fez no dia do crime. As contradições nos depoimentos fazem ela ser a principal suspeita do crime, diz a Polícia Civil.

14 abr 2022, às 11h39.
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