As duas armas levadas da empresa de transporte de valores de Guarapuava, na região centro-sul do Paraná, atacada por criminosos no último domingo (17), foram recuperadas pela polícia. A segunda arma foi localizada na madrugada desta sexta-feira (22), caída num barranco de rio na cidade. A outra já tinha sido localizada no dia do ataque, presa numa árvore.

Conforme informações do 16.º Batalhão da Polícia Militar (PM), sediada em Guarapuava, uma equipe do Batalhão de Choque patrulhava a Estrada Rural Iapar Ponte Rio Coutinho, no bairro Jardim das Americas, refazendo a rota de fuga dos criminosos, quando por volta das 4h40 passaram pela ponte do Rio Coutunho e viram um objeto parecido com uma arma na margem.

Os policiais desceram pelo barranco do rio e localizaram uma espingarda calibre 12 semiautomática sem carregador, da marca Typhoon F12 (importada), pertencente ao patrimônio da empresa assaltada. A arma foi recolhida e entregue na 14.ª Subdivisão da Polícia Civil, na cidade, que concentra as investigações do crime.

Mega assalto frustrado

O ataque à cidade de Guarapuava ocorreu no último domingo (17). A intenção dos bandidos era assaltar a empresa para levar dinheiro e armas. Para isso, eles trancaram os acessos à cidade, para dificultar a chegada de viaturas, e trancaram também a entrada do 16.º Batalhão colocando um caminhão em chamas na porta. Ainda acuaram os policiais lá dentro, dando muitos tiros contra o batalhão.

Os marginais ainda pegaram pessoas que foram encontrando pelas ruas para fazê-las de cordão humano. Dois policiais militares e duas pessoas civis foram feridos. Os civis, não tão gravemente quanto os PMs, atacados com fuzis de grosso calibre. Um dos policiais, o cabo Douglas Benato, teve uma fratura na perna esqueda por causa do tiro que levou. Ele teve alta hospitalar na quarta-feira (20) e segue se recuperando em casa. Já o cabo Ricieri Chagas levou um tiro na cabeça e segue internado em estado muito grave na UTI. De ontem para hoje, conforme a PM, ele apresentou melhoras.

A PM diz que já sabia que haveria um ataque e, porém não sabia data e local exato. Por isto, diz que preparou um esquema tático, fechando outros acessos da cidade e obrigando os bandidos a seguirem fuga pela zona rural, onde outros policiais já os aguardavam e onde a possibilidade de acertar alguém num tiroteio seria menor. Os bandidos fugiram sem levar dinheiro da Protege. Pegaram apenas as duas armas.

22 abr 2022, às 19h47. Atualizado às 20h05.
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