por Daniela Borsuk
com informações da Agência Estadual de Notícias

Nesta quarta-feira (30), em coletiva de imprensa, a Polícia Civil do Paraná falou sobre a suspeita de falsificação de testes de covid-19 por parte de um clube de futebol do Oeste. Quatro pessoas foram indiciadas no inquérito que apura o caso, que teve início em 23 de abril deste ano, após uma denúncia da Federação Paranaense de Futebol (FPF). A situação teria acontecido em um jogo no dia 22 de abril, em Curitiba.

Durante a investigação, parte dos envolvidos e cerca de dez testemunhas foram ouvidas. Os indiciados responderão por falsificação de documento e uso de documento falso. O prazo inicial do inquérito foi de 30 dias, mas as investigações seguem até que todos os envolvidos sejam ouvidos.

Segundo o delegado chefe da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), Luiz Carlos de Oliveira, a investigação demanda mais tempo para atingir todos os envolvidos, sendo necessário ouvir mais pessoas.

“Já temos quatro pessoas indiciadas e teremos ainda mais 10. Como esse inquérito demanda um certo tempo, tendo em vista que esses jogadores estão espalhados pelo Brasil, teremos que fazer algumas cartas precatórias para cada um dos envolvidos”.

destacou o delegado.

A PCPR também solicitou a apreensão do passaporte de um dos suspeitos, que possui dupla nacionalidade. Ele foi intimado pelo escrivão de Cascavel para tomar ciência da decisão judicial. 

Além do presidente do clube e do filho dele, mais duas pessoas foram indiciadas, segundo o delegado. “Esses dois outros indiciados são pessoas que estavam relacionadas como se fossem da comissão técnica e não realizaram exames. Um é pai de um atleta e o outro é olheiro do clube. Eles foram ouvidos em declaração prioritária, primeiramente, e depois, através do despacho, foram indiciados”, disse.

Os exames apresentados no dia do jogo foram analisados pelo Instituto de Criminalística, que constatou que os documentos foram falsificados.

“Essa falsificação de documento foi assumida junto à Federação Paranaense de Futebol (FPF) por um dos envolvidos em uma carta de próprio punho. Além disso, o médico que foi contratado para o dia do jogo nos trouxe algumas informações muito esclarecedoras, caracterizando as fraudes do clube”.

disse o delegado.

30 jun 2021, às 14h36.
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