por Guilherme Becker
com informações de Tiago Silva, da RICtv

A mãe da mulher encontrada morta no dia 4 de maio, em uma residência no bairro Cajuru, em Curitiba, foi presa na manhã desta quinta-feira (19). A suspeita virou alvo de uma operação, denominada ‘Quarto do Terror’, após investigações apontarem que a vítima, que era portadora de deficiência, foi vítima de tortura e cárcere privado.

Na época da morte da mulher de 32 anos, a mãe da vítima chegou a declarar em entrevista que era inocente. Segundo a suspeita, a moça havia passado um tempo na casa do pai, no bairro Parolin, e retornado com marcas pelo corpo. Além disso, tinha sofrido uma queda na escada. “Nunca bati nela, eu cuido deles bem (três filhos), sou mãe e pai. Não fiz isso, acho que o pai fez porque ela foi pra lá e voltou assim”, declarou.

Apesar das declarações da mãe da vítima, membros da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Paraná (PCPR) iniciaram uma investigação e identificaram a mulher como principal suspeita por causar a morte da filha.

“Um caso gravíssimo. Nós encontramos aqui uma situação catastrófica. Um local sem condições de vida humana, uma bagunça muito grande. Um local com características de cárcere privado. A vítima tinha lesões espalhadas pelo corpo que não coincidiam com as informações trazidas pela mãe”,

contou o delegado Tito Barichello.

A investigação também apontou que a versão apresentada pela mãe não condiz com a veracidade da ocorrência. “A cena foi montada, trata-se de um homicídio, com características de tortura e cárcere privado, pelo número de lesões antigas e recentes. Apuramos o fato, conseguimos prova testemunhal e verificamos que havia essa ação contínua da mãe sobre a filha, que acabou causando a morte”, completou o delegado.

Mãe presa

Na manhã desta quinta-feira (19) a mulher foi presa na residência onde mora com os filhos. A vítima vivia em um quarto localizado no segundo andar. Durante a abordagem, a suspeita não reagiu, mas garantiu que é inocente e irá provar.

“Eu continuo negando, eu não fiz nada. Eu não sou uma assassina. Ela caiu da escada, foi pra casa dos parentes e voltou daquele jeito. Eu vou provar que eu não devo nada. Se eu fosse uma assassina eu teria batido nos outros filhos”,

declarou a mulher dentro do camburão.
(Foto: Reprodução/ RICtv)

A suspeita foi encaminhada a delegacia.

19 maio 2022, às 07h54.
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