Polícia Federal diz que vereadores de Foz recebiam 'mensalinho'
Além de serem beneficiados com depósitos mensais, os vereadores tinham “poderes” para indicar apadrinhados para cargos comissionados e para assumir vagas em empresas
Doze vereadores de Foz do Iguaçu (PR) foram presos nesta quinta-feira (15) por suspeita de recebimento de um mensalinho. Os valores oscilavam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, segundo informou a Polícia Federal durante entrevista coletiva. Entre os presos está o presidente da Câmara, Fernando Dusa (PT).
As informações foram levantadas na Operação Nipoti, quinta fase da Operação Pecúlio, que investiga desvios de recursos públicos no âmbito da Câmara de Foz.
A PF constatou que os vereadores não eram beneficiados apenas com depósitos mensais. Eles também tinham “poderes” para indicar apadrinhados para cargos em comissão e para assumir vagas em empresas que prestavam serviços terceirizados.
A nova etapa da Operação Pecúlio foi deflagrada a partir de informações reveladas pelo ex-diretor de Obras e Pavimentação de Foz, Girnei Azevedo, que fechou acordo de delação premiada. Ele é suspeito de cobrar propinas de empreiteiras.
A Procuradoria da República atribui ao prefeito afastado Reni Pereira (PSB) envolvimento com o esquema.
A Operação Nipoti cumpriu 78 mandados judiciais, dos quais 20 de prisão preventiva que atingem quase toda a Câmara de Foz do Iguaçu – dos seus 15 vereadores, 12 são alvos de mandados.