por Guilherme Becker
com informações da RICtv

Uma mulher foi vítima de um golpe de emprego em Curitiba nesta semana. Desesperada em busca de uma oportunidade de trabalho, a desempregada encontrou uma vaga para secretária e se inscreveu. Entretanto, ao dar sequência ao ‘processo seletivo’, a mulher descobriu que a vaga era para prostituição.

“Estou desempregada, corro de dia e de noite para melhorar minha situação financeira”, declarou a mulher.

Golpe do emprego – Prostituição

A mulher, que não será identificada, informou que encontrou o anúncio da vaga em um site de empregos. Na descrição da oportunidade, a empresa contou que as vagas eram para secretária e promotora. Entre os requisitos não era necessário experiência, pois o estabelecimento ofertava cursos durante a efetivação.

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(Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Interessada na oportunidade, a vítima entrou em contato e recebeu como retorno que a mesma empresa tinha oportunidades em ‘outra área’. “O mesmo cliente está contratando essas vagas, para a empresa de seguro veicular, ele também tem uma agência de mulheres para entretenimento de homens, nessa outra empresa dele tem vagas para início imediato e retorno financeiro em alguns dias”, informou a contratante.

Na sequência, a mulher responsável pela contratação foi ainda mais direta. “Gata, temos vaga de acompanhante, no sigilo, sem riscos de exposição de identidade, nem de riscos físicos. Somos a agência mais discreta de Curitiba. Te damos trabalho paralelo, crachá, uniforme, contrato”, contando que o trabalho gera uma renda de aproximadamente R$ 4,8 mil por mês.

(Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Constrangida com a situação

A vítima, que cuida sozinha de uma filha de 15 anos, ficou bastante abalada quando recebeu as mensagens que indicavam que a vaga era para prostituição.

“Tentei controlar para não mostrar para minha filha, mas quando minha família dormiu eu fiquei chorando. Chorei porque eu já trabalhei em todo tipo de trabalho, inclusive motorista de aplicativo. Já trabalhei em bares, limpando banheiro. Eu não quero minha filha passando necessidade, faltando coisa”, comentou a mulher.

Agora, a mulher busca forças para voltar ao mercado de trabalho. “Chega de me sentir desvalorizada. Preciso de um emprego formal, registrado, para me sentir bem dentro de mim. Mas infelizmente, não tenho o que falar. O tanto que fiquei revoltada naquela noite, não fiquei bem”, declarou a vítima.

Exploração sexual é crime

De acordo com o Código Penal Brasileiro, prostituição não é crime, entretanto, a exploração sexual prevê pena de 2 a 5 anos de prisão. No caso da vítima de Curitiba, os responsáveis podem ser penalizados, principal por oferecerem as vagas no meio virtual.

“Neste caso a atração de terceiros para que venham através da divulgação da vaga conversar com esse suposto estelionatário e quando ela vem conversar ela é direcionada para uma vaga de protituição. Neste caso está consumada uma atração pra atividade de prostituição”, comentou o advogado Diego Sakakibara.

O advogado ainda explicou o que as vítimas precisam fazer logo que perceberem um golpe. “Primeira coisa a se fazer quando se depara com essa situação é o Boletim de Ocorrência, levando a delegacia todas as informações de contatos que teve com esta pessoa. Tudo que possa facilitar a investigação policial”, finalizou.

Assista a matéria:

9 set 2022, às 11h44.

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