por Daniela Borsuk
com informações da Polícia Civil do Paraná

A moto usada na execução de Ana Paula Campestrini, assassinada a tiros no dia 22 de junho deste ano, foi localizada e recuperada pela Polícia Civil do Paraná. O veículo estava enterrado na zona rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O veículo estava sendo procurado pela polícia desde o dia do crime, já que é uma peça importante para as investigações. A moto vermelha estava sem placas e havia desaparecido desde a morte de Ana Paula. No dia 25 de junho, a Polícia Civil chegou a realizar uma perícia na Sociedade Morgenau, onde uma testemunha afirmou que uma moto com as mesmas características daquela flagrada nas imagens de câmeras de segurança que mostram o assassinato da vítima foi vista em um barracão do clube.

Na ocasião, por estranhar o veículo sem placas, um funcionário do clube chegou a tirar uma foto e enviar para o suspeito de ser o atirador que matou Ana Paula, Marcos Antônio Ramon, perguntando se ele sabia algo sobre a moto. Na época, Marcos respondeu que o veículo era dele.

Morta a tiros

Ana Paula Campestrini foi morta a tiros na frente do condomínio onde morava, no bairro Santa Cândida. Menos de 48 horas após o homicídio, a Polícia Civil prendeu o ex-marido da vítima, Wagner Cardeal Oganauskas, e um amigo do homem, Marcos Antônio, suspeitos de envolvimento no assassinato.

Na manhã do dia 22 de junho, dia do assassinato, Ana Paula foi até a Sociedade Morgenau, onde Wagner era presidente e Marcos Antônio era diretor financeiro, para retirar uma carteirinha do clube e ter acesso aos filhos, que realizavam atividades esportivas no local. De lá, a vítima foi seguida até em casa, onde foi morta a tiros.

Atualização

De acordo com informações da equipe de reportagem da RIC Record TV Curitiba, Marcos Antônio teria deixado a moto com um vizinho, que a levou até uma região de chácaras de São José dos Pinhais e enterrou a moto na propriedade de um genro.

Veja o momento em que a moto é encontrada:

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Tathiana Guzella, a polícia se surpreendeu ao encontrar a moto enterrada e em pedaços, mas conseguiu identificar o veículo pelo número do chassi.

“Mesmo chassi, embora nós constatamos que foi suprimida a parte principal de identificação do chassi, mas esqueceram de que existe uma segunda etiqueta oficial da fábrica, do fabricante, que também consta o chassi. E ele é exatamente o mesmo chassi das imagens fotográficas que nós tínhamos do próprio chassi antes de ele ser suprimido aqui durante a investigação”.

detalhou Guzella.

Os pedaços da moto foram encontrados em diferentes buracos, aparentemente partidos com o auxílio de uma marreta, mas não há dúvidas, para a polícia, de que se trata da moto usada no crime. “Esqueceram que a identificação estava em uma etiqueta de metal acoplada junto ao motor e, agora sim, é a prova cabal de que se trata da moto do crime”, frisou a delegada.

A polícia chegou até o local onde a moto estava enterrada após denúncias da população.

19 jul 2021, às 11h35. Atualizado às 13h07.
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