O maringaense Tiago Rossi, que viajou para a Ucrânia para lutar contra a invasão russa àquele país, divulgou em suas redes sociais que um ataque destruiu a base em que ele estava, junto a outros combatentes estrangeiros. Ele gravou um vídeo dizendo ter cruzado a fronteira com a Polônia.

Filho de policial militar da reserva, Rossi se tornou instrutor de tiro em 2020. Ele disse ter sido chamado pelo governo ucraniano para integrar a Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, uma unidade militar formada por estrangeiros que queiram combater os russos no país.

No vídeo, ele afirmou que sua unidade foi atacada por aeronaves russas por duas vezes. Ele saiu da base antes do segundo ataque, que teria sido o mais forte, matando a maioria dos combatentes. “A nossa base acabou, a base da Legião acabou. Todo mundo que estava lá morreu. Todos os nossos amigos morreram”, disse.

“Falei com o comandante da Legião, eles não quiseram sair, quiseram ficar na base (…) Eu e minha equipe aqui, a gente está em quatro agora, saiu da base, andamos sei lá quantos quilômetros a pé, achamos uma carona, chegamos na fronteira com a Polônia. Na fronteira com a Polônia, chega a notícia para nós de que o bombardeio russo voltou e simplesmente acabou com a base. Mataram todo mundo que estava lá”, afirmou.

Rússia confirma ataque

A Rússia confirmou, no domingo (13), que atacou um centro de treinamento no oeste da Ucrânia, que seria a base da Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia. Segundo os russos, o ataque teria matado “180 mercenários estrangeiros” e destruído armas fornecidas por países estrangeiros. O porta-voz do Kremlin afirmou que Moscou continuaria seus ataques contra o que chamou de “mercenários estrangeiros”.

Já a Ucrânia negou que a Rússia tenha matado 180 pessoas no ataque. Segundo o governo ucraniano, 35 pessoas morreram e 134 ficaram feridas no ataque.

14 mar 2022, às 09h55. Atualizado às 10h06.
Mostrar próximo post
Carregando