A investigação do caso que envolve o confronto entre o agente penal Jorge Guaranho e o tesoureiro do PT Marcelo Arruda teve um novo documento anexado nesta terça-feira (26). Um laudo do Instituto de Criminalística do Paraná revela detalhes das armas utilizadas pelos envolvidos e aponta que ao todo foram efetuados 16 disparos durante a festa de aniversário em Foz do Iguaçu – 13 feitos pela pistola do petista e três por Guaranho.

No documento, o instituto confirma que as pistolas utilizadas pelos homens pertenciam às corporações. Guaranho disparou três vezes com uma pistola semiautomática calibre .40, com inscrição no Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen). Os disparos resultaram na morte de Marcelo Arruda.

Já a pistola calibre .380 do petista disparou 13 vezes. A arma pertence à Guarda Municipal de Foz do Iguaçu.

(Foto: Reprodução/ Instituto de Criminalística do Paraná)

Investigação do caso

A Polícia Civil do Paraná descartou motivação política na morte do guarda municipal Marcelo Aloízio de Arruda, causada pelo agente penitenciário Jorge Guaranho. A informação foi divulgada pela delegada-chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Camila Cecconello, em entrevista coletiva.

“Não temos a alegação da subjetividade desse autor. Então, é difícil nós falarmos de um crime de ódio, que ele matou pelo fato da vítima ser petista. Segundo os depoimentos, que é o que nós temos nos autos, ele [o suspeito] voltou porque se sentiu ofendido com a escalada, o acirramento da discussão entre os dois”,

afirmou a delegada.

Segundo a polícia, o agente penitenciário foi indiciado pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e perigo comum. Durante as investigações, foram ouvidas 17 pessoas, entre testemunhas que estavam no local dos fatos e familiares do guarda municipal e do policial penal federal. A polícia também analisou imagens de câmeras.

Após a finalização do inquérito policial, em 15 de julho, o Ministério Público assumiu a investigação do caso da morte do guarda municipal. As investigações são responsabilidade conjunta do promotor de Justiça com atribuição natural para a matéria, em exercício na 13ª Promotoria de Justiça de Foz do Iguaçu (apuração de crimes dolosos contra a vida) e do promotor de Justiça designado pela Procuradoria-Geral de Justiça para o caso (conforme Resolução 4887), coordenador do Núcleo de Foz do Iguaçu do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

27 jul 2022, às 08h24.
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