por Luciano Balarotti
Com informações de Tiago Silva, da RICtv

Em uma audiência de custódia no Fórum Criminal de Curitiba, no início da tarde desta terça-feira (3), foi decretada a prisão preventiva do policial federal Ronaldo Massuia da Silva, detido após atirar em quatro pessoas em um posto de gasolina, causando a morte de uma delas, na noite de domingo (1), no bairro Cristo Rei, em Curitiba.

Pouco antes do início da audiência, motoristas de aplicativos se reuniram em frente ao Fórum em uma manifestação para pedir que o suspeito permanecesse preso. Na noite dos fatos, dois outros motoristas foram baleados na confusão e seguem internados em hospitais de Curitiba.

Em contraponto à manifestação, algum dos advogados que defendem o policial afirmam que ele não sabia o que estava fazendo no dia em que atirou nas pessoas que estavam no posto. Em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, a defesa alegou que o cliente não tinha consciência de seus atos, e que por isso pedia que ele fosse levado para a prisão domiciliar.

“Nós temos provas, já passadas, que já existem, dessa debilidade psiquiátrica do nosso constituinte. Ele não pode nem ser submetido a um julgamento pelo conselho de sentença. Porque só pode ir ao conselho de sentença quem se autodeterminava, é uma condição para a existência do crime. Se ele não entendia o caráter ilícito naquele momento, ele não comete o crime”,

afirmou o advogado Nilton Ribeiro

A defesa do policial federal também confirmou que ele atravessava um momento difícil e que colegas da PF chegaram a criar um grupo no WhatsApp para apoia-lo.

“Essa situação eu não posso dizer que já era previsível, mas era uma situação que poderia acontecer pela estafa mental do Ronaldo. Realmente ele estava no limite psiquiátrico, psicológico, e isso poderia algum dia acontecer, como aconteceu”, complementa o advogado.

De acordo com informações da defesa, foram várias as causas para que o seu cliente ficasse emocionalmente abalado. Entre eles, a morte de dois amigos e uma recente separação amorosa. Além disso, uma confusão em que Ronaldo se envolveu, quando foi detido por desacato à autoridade durante o Carnaval, em Santa Catarina, teria afetado ainda mais o estado emocional dele.

3 maio 2022, às 14h54.
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