por Renan Vallim
com informações de Evandro Mandadori, da RICtv

Uma das jovens baleadas no último sábado (4) afirmou que foi a primeira e a última vez que ela foi até o bar na Avenida Petrônio Portella, em Maringá. A jovem Alessandra Cardoso de Oliveira, de 22 anos, concedeu entrevista à RICtv e afirmou que a bala, que a acertou na altura da coxa direita, quase provocou a amputação do membro.

Ela foi uma das pessoas que ficaram feridas em um bar frequentado por estudantes universitários na Avenida Senador Petrônio Portella, no Jardim Aclimação, em Maringá. Um homem morreu com os tiros. O local é conhecido pelas grandes festas ao ar livre, que invadem inclusive o asfalto, e pelo som alto que frequentemente é alvo de reclamações dos vizinhos.

Alessandra afirmou que sentiu uma dor na perna, mas não achou que tinha sido baleada. “Senti uma dor forte, como se fosse uma câimbra. Pensei até que teria levado um chute. Me segurei em um amigo que estava bem na minha frente e foi ele que viu que eu havia sido baleada“.

Ela conta ainda que estava ao lado de outra moça, que também foi baleada. Elas foram socorridas e levadas ao hospital. Na unidade de saúde, ela foi informada que o projétil ainda estava alojado em sua perna. “O médico disse que, se a bala tivesse atravessado a minha perna e saído, eu provavelmente teria perdido a perna“, disse.

Alessandra Cardoso de Oliveira, de 22 anos, foi baleada em confusão na Avenida Petrônio Portella (Foto: Reprodução/RICtv)

Segundo ela, esta foi a primeira e a última vez que ela foi até o local. “A gente não sabe como são as outras pessoas. Nós fomos apenas para nos divertirmos, mas estávamos correndo risco de vida sem nem sabermos. Eu nunca mais volto lá”, afirmou.

Tiros

O assassinato aconteceu durante a madrugada deste sábado (4). No momento do homicídio, centenas de universitários lotavam o local. De acordo com a Polícia Militar (PM), dois rapazes começaram uma briga, perto das 3h da madrugada. Um deles sacou uma arma, disparou contra o outro e fugiu.

O rapaz baleado foi encaminhado ao Hospital Universitário de Maringá, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Os tiros ainda acertaram duas mulheres, uma de 22 anos e outra que não teve a idade revelada, e um rapaz de 24 anos. Os três não estavam envolvidos na briga, mas estavam perto do jovem que era alvo dos disparos. Uma das mulheres baleadas foi levada ao hospital em estado grave. O atirador ainda não foi encontrado.

Desde o fim das medidas mais rígidas de controle da pandemia do novo coronavírus, o local se tornou ponto de encontro de jovens, a maioria universitários, por ficar perto de uma instituição de ensino superior particular. Sem estrutura para acomodar as centenas de pessoas que vão ao local, o espaço lota rapidamente e a maioria dos frequentadores acaba ficando do lado de fora.

Os jovens invadem a avenida e, em diversas ocasiões, chegaram a impedir o trânsito de veículos no local. Forças de segurança da cidade já realizaram diversas operações para dispersar a multidão, mas sem sucesso.

7 dez 2021, às 13h49. Atualizado às 13h51.
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