por Redação RIC.com.br
com informações da Prefeitura de Curitiba

Em apenas 10 dias de 2022, a Guarda Municipal de Curitiba já atendeu 53 ocorrências de violência contra mulher. Até esta segunda-feira (10), 18 encaminhamentos de suspeitos de agressão à delegacia foram realizados por agentes. Nos outros casos não houve flagrante.

Segundo a Guarda Municipal Gislaine Seneiko Szumski, que integra a gestão da equipe da Patrulha Maria da Penha (PMP), o período de férias geralmente é marcado pelo aumento de ocorrências.

“Assim como nos períodos de maior isolamento social, provocados pela pandemia de covid-19, as férias tendem a aumentar o tempo de convivência diária entre as partes. O consumo de álcool e drogas também se elevam e surgem as divergências”,

avalia a GM Gislaine.

O mês de dezembro acumulou 177 casos de violência contra a mulher, segundo dados da Guarda Municipal, com 70 encaminhamentos de agressores à delegacia. 

Caso recente

Nesta segunda-feira (10), uma tentativa do crime de feminicídio foi atendida por agentes da PMP. Uma mulher, de 34 anos, que manteve um relacionamento de 10 anos com o suspeito foi ameaçada pelo homem no bairro Tatuquara, em Curitiba. Na tentativa de defender a vítima, a irmã da mulher acabou sendo esfaqueada no braço.

Segundo relato das equipes que atenderam a ocorrência, o homem foi contido por vizinhos enquanto foi solicitado apoio dos guardas que estavam no módulo móvel da Rua da Cidadania do Tatuquara.

A mulher já havia realizado denúncia por agressão física em novembro do ano passado. 

Também nesta segunda-feira (10), uma mulher foi morta pelo ex-marido na Vila Sandra, região da Cidade Industrial de Curitiba. A vítima foi surpreendida no momento em que chegava para visitar o neto.

Orientações para vítimas

A procura por ajuda é a principal orientação da Patrulha Maria da Penha da GM às vítimas de agressão em um relacionamento abusivo. Em caso de emergência, a própria vítima ou pessoas próximas a ela devem ligar para o telefone de emergência 153 da corporação.

“A vítima não pode ficar calada”, reforça a GM Gislaine.

Outra recomendação é que a mulher mantenha contato com familiares informando o que acontece dentro de casa. A rede familiar e de amigos pode ser essencial em momentos de necessidade.

“Se ela tiver medida protetiva, não deve ter vergonha de deixar vizinhos ou colegas de trabalho cientes da situação, porque eles também podem acionar o apoio quando necessário. O mais constrangedor ela já passou, agora ela precisa de salvamento”, orienta a GM.

A medida garante mais segurança à vítima, de forma a garantir direitos e a manter o agressor afastado. Também é oferecido apoio jurídico pela Defensoria Pública e monitoramento, com visitas e acompanhamento periódico, pela PMP.

Em 2021, os guardas da PMP fizeram 10.457 atendimentos, um aumento de 46% na comparação com os 12 meses anteriores.

11 jan 2022, às 10h19. Atualizado às 10h21.
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