Uma mulher de 41 anos é procurada pela polícia por ter matado o próprio pai para se vingar de abusos sexuais sofridos na adolescência. Aparecido Omar Veiga, de 65 anos, foi encontrado carbonizado em Embu-Guaçu, na Região Metropolitana de São Paulo, na última sexta-feira (9). 

O coordenador da casa de apoio para moradores de rua, onde o idoso vivia, contou à Record TV que Cláudia Campos Veiga aparentava ser uma filha que amava o pai. “Quando ela chegava, ela abraçava o pai, dava uma atenção, como uma filha que ama o pai, sempre demonstrou isso. O pai sempre na dele, ele era muito fechado, não comentava nada do passado. Ele era muito reservado, mas dava atenção para a filha, ficava feliz”, disse Cristiano Ruiz. 

Segundo o relato, Cláudia foi cerca de três vezes visitar Aparecido e, na segunda delas, chegou a convidá-lo para morar com ela. “A segunda vez que ela veio, que eu vi, ela queria levar ele embora. Falou: ‘Pai, vamos morar comigo’”. 

De acordo com a investigação, dias antes de viajar para Embu-Guaçu com a intenção de visitar o pai, Cláudia mandou uma mensagem misteriosa para seu irmão. Na conversa, ela perguntou se ele já havia assistido o filme ‘Doce Vingança’. O longa-metragem conta a história de uma mulher que foi abusada e torturada, e volta para se vingar dos agressores.

O voluntário Rogério da Silva Leite lembra que no dia da visita, poucos minutos antes do crime, estranhou quando a mulher chegou na casa de repouso com uma mochila e declarou que iria cumprir uma missão. “Ela falou para os meninos; ‘Eu vim do Amazonas, de Manaus, cumprir uma missão”, explica. Na sequência, ela convidou o pai para passar pela chácara e entrou em uma trilha com ele. 

Ainda conforme Rogério, ele resolveu entrar na mata após perceber a demora para os dois retornarem e assim que andou cerca de 30m encontrou o corpo do idoso em chamas. “As meninas jogaram água no corpo e a gente se espalhou pelo meio do mato para ver se achava ela, mas nada”, completou o voluntário. 

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Aparecido não apresentava nenhum tipo de ferimento e que ele realmente foi queimado vivo até a morte.

A Record TV apurou que os abusos sexuais sofridos por Cláudia teriam ocorrido há cerca de 30 anos.

O caso é investigado pela Polícia Civil.

Veja à reportagem:

15 jul 2021, às 18h28. Atualizado às 18h37.
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