por Daniela Borsuk
com informações de Marcelo Borges, da RIC Record TV Curitiba

Familiares do socorrista do Samu que foi preso por espancar e atirar contra a ex-esposa contestaram a versão dada pela vítima e defenderam o homem. Para a filha do socorrista, fruto de outro relacionamento, a história foi aumentada para retratar o pai como um monstro. O irmão do suspeito argumentou que ele está enfrentando problemas psicológicos, tomando calmantes e que teria tido um surto ao bater e tentar matar a ex-companheira, com quem ficou casado por 14 anos.

A situação foi registrada na madrugada desta quinta-feira (14). A Guarda Municipal foi acionada pela família da mulher e, ao chegar, teve que negociar com o suspeito para que ele entregasse a arma. O socorrista do Samu espancou a ex-esposa, a deixando com diversos hematomas, e atirou duas vezes contra ela, mas os disparos não a atingiram. A cena foi presenciada pelos dois filhos do ex-casal e o homem chegou a fazer uma chamada de vídeo para a ex-sogra, ameaçando matar a vítima.

Em entrevista para a equipe da RIC Record TV Curitiba, a vítima disse que foi o pior dia de sua vida e que estava em processo de separação com o ex-marido há dois anos, mas que ele não aceitava o fim do relacionamento. O irmão da mulher contou que o socorrista é um homem agressivo, que já teria batido na mãe da ex-esposa e que tinha um ciúmes possessivo da mulher.  “Ciúmes possessivo, possessivo mesmo, coisa fora do normal, minha irmã não pode estudar, não pôde desde que ela se uniu a ele, ela não pôde estudar, ele prestou concurso, faz faculdade, a vida dele não parou, a dela teve que ser parada”, contou o irmão da vítima.

Em um áudio entregue à polícia, que teria sido enviado pelo suspeito, o socorrista ameaçava a ex-companheira para que ela não o denunciasse por violência doméstica. “Se ela fizer alguma medida protetiva contra mim, e se eu souber que ela fez alguma coisa para me ferr** no concurso, aí a conversa vai ser diferente”, disse o socorrista, se referindo a um concurso para trabalhar como Guarda Municipal de uma cidade da Região Metropolitana de Curitiba.

No entanto, os familiares do socorrista afirmam que a história não foi bem assim.

“Em relação a acusação de cárcere, como se ela estivesse presa dentro da residência, em relação a ela não poder trabalhar, não poder sair, tudo mentira, eles aumentaram uma história para deixar o meu pai como monstro, sendo que ele nunca foi isso, nem como pai e nem como profissional”, pontuou a filha do socorrista, de 18 anos, fruto de outro relacionamento do homem. “Comigo sempre foi a base de conversa, ele falou para mim que conversa era o principal na relação com os filhos”.

O irmão do socorrista disse que o homem estava passando por problemas psicológicos e que tudo teria acontecido em meio a um surto.

“Tomando medicamentos, calmantes, remédios para dormir. O que ele teve, pelo que eu percebi, foi um surto, ocasionado por alguma briga, alguma coisa que eu não sei ao certo, mas o que a gente quer é que tudo seja julgado de maneira correta”.

disse o irmão.

“Claro que o que ele fez é deplorável, o que ele fez, agrediu a esposa, em um momento de surto, um momento de raiva, tudo o que aconteceu, a gente não concorda com isso, ele sabe que ele errou, ele também não concorda com isso. Mas isso não é motivo para a gente falar que toda a vida dele é uma vida errada, uma vida de crime, que ele é um bandido, um estuprador, ele não é isso”, finalizou o irmão.

O socorrista segue detido e responde por tentativa de feminicídio.

15 out 2021, às 14h00.

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