por Daniela Borsuk
com informações de Tiago Silva, da RICtv

A Polícia Civil do Paraná segue com as investigações da morte de Fernanda Quadros, que foi assassinada com seis tiros no portão de casa em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Agora, o delegado responsável pelo caso, Paulo Caldas, acredita que o ex-marido da vítima, Maicon Rosa, suspeito de ser o mandante do assassinato, tenha matado o homem que contratou, Cássio Soares Ribeiro, e saído do país. As polícias nacionais e internacionais devem ser acionadas para ajudar nas buscas.

Conforme a polícia, Maicon Rosa é um homem violento e não há dúvidas de que ele foi o mandante do crime, inconformado com o término do relacionamento com Fernanda. O delegado Paulo Caldas ainda revelou que, além do tráfico de drogas pelo qual foi condenado e usava tornozeleira eletrônica, Rosa também era suspeito de cometer um assassinato em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

“Não há dúvidas de que foi um crime premeditado pelos áudios que foram apresentados pelos familiares, pelas oitivas dos familiares, ele não se conformava com o fim do relacionamento com a vítima e teve também o cuidado de tirar a filha um dia antes, no intuito de talvez a filha não ser atingida por disparos de arma de fogo. Então mais uma vez, confirma uma premeditação, um planejamento. É um elemento extremamente violento, já tem a suspeita de um homicídio em Araucária, foi condenado pelo tráfico de drogas”,

disse o delegado.

O delegado relatou que as informações são de que Maicon teria desativado a tornozeleira eletrônica horas antes de ter a prisão preventiva decretada. Na sequência, o suspeito teria chamado o atirador, Cássio, para fugir e seguido de carro em direção a Foz do Iguaçu. No trajeto, porém, Maicon pode ter executado Cássio, para só então entrar no Paraguai, sozinho, usando uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsificada.

“Acho que ele não carregou a bateria da tornozeleira e depois, com certeza, rompeu a tornozeleira no intuito de se evadir do local da culpa. Já teria passado pelo Paraná e segue na fronteira, não sei se no Paraguai ou outro país aqui, ele já teria passado para outro país usando uma CNH no nome de André. E teria também executado o elemento que efetuou os disparos, o Cássio. Agora isso é uma informação ainda, não tem o corpo do Cássio, nós temos que investigar, até avisar os familiares, entramos em contato com os familiares do Cássio que se ele não aparecer, até uma queima de arquivo, já que uma pessoa que presa poderia prejudicar ele mais ainda no crime de feminicídio”,

descreveu o delegado Paulo Caldas.

O crime

Logo após o crime, a Polícia Civil trabalhava com duas linhas de investigações sobre a execução de Fernanda: latrocínio e feminicídio. Desde o início, familiares da vítima apontavam Maicon como mandante do crime, já que a relação do casal era marcada por brigas, discussões e agressões. Durante a apuração do caso, as equipes tiveram acesso à áudios que o homem mandou para Fernanda. Nas mensagens, ele ameaça matá-la, inconformado com o fim do relacionamento.

“Eu não vou te perder, já falei. Se for preciso eu te dou um tiro na cara e um tiro na minha. Eu não fico com ninguém e nem você fica. Eu sem você não quero nada, não quero saber de nada. Minha filha eu sei que fica bem, fica com minha mãe, minha mãe vai cuidar bem dela. Já falei, não vai ficar comigo, não vai ficar com ninguém, tô nem aí, que se f***, tô nem aí. Não vou ver você com ninguém nunca na vida, não aceito isso”,

disse Maicon em um dos áudios para a ex-esposa.

No dia do crime, Maicon saiu com a filha do casal, uma adolescente de 13 anos. Depois disso, não foi mais visto pelos familiares de Fernanda e não compareceu ao enterro e ao velório da ex-esposa.

Quer mandar uma sugestão de pauta pro RIC Mais? Descreva tudo e mande suas fotos e vídeos pelo WhatsApp, clicando aqui.

7 dez 2021, às 13h20.
Mostrar próximo post
Carregando