por Daniela Borsuk
com informações de Tiago Silva, da RIC Record TV Curitiba

A esposa de Ricardo Luis Hortz Marodin, de primeiro nome Camila, foi até a delegacia de Polícia Civil de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, na quarta-feira (10), para prestar depoimento como testemunha e ajudar a equipe nas investigações sobre a morte do marido. Camila se emocionou diversas vezes durante a conversa com a polícia e disse não saber quem poderia ter cometido o crime contra Ricardo.

Conforme o relato do advogado de Camila, Anderson Moreira, a mulher precisou interromper o depoimento em algumas ocasiões por estar muito abalada com o homicídio. Ricardo foi assassinado com 12 tiros na festa de aniversário do filho do casal, de quatro anos, no último domingo (7). “Difícil, um depoimento complicado, ela ainda está muito emocionada, muito assustada”, explicou o advogado.

Ao ser questionada sobre o envolvimento do marido com o tráfico de drogas, que é uma das linhas de investigação da polícia, Camila afirmou que não tinha conhecimento sobre os negócios de Ricardo, como explicou o advogado Moreira: “Eles tinham uma vida em comum, mas ela levava a vida dos negócios dela. Ele não se envolvia nos negócios dela, o que ela fazia com a loja, com as roupas que ela comprava, eventualmente viajavam juntos, ele levava ela à São Paulo para desfiles, para compras, e voltavam, mas era só esse o envolvimento comercial que um e outro tinham. O envolvimento deles era de casal”.

Ainda, o advogado frisou que está “descartada qualquer tipo de participação dela na morte do marido”. Ao deixar a delegacia, Camila pediu para os policiais para que encontrem e prendam os suspeitos do homicídio. Com medo da violência, a mulher está saindo de Pinhais com os filhos para tentar recomeçar a vida em outra cidade.

Crimes

Ricardo Marodin foi assassinado a tiros no final da festa de aniversário do filho de quatro anos, que estava sendo realizado em um buffet infantil em Pinhais. Quatro suspeitos fortemente armados chegaram em um carro modelo Voyage prata, surpreenderam Marodin – que segundo Camila estava do lado de fora guardando coisas no carro – e fizeram diversos disparos contra a vítima. Marodin não resistiu aos ferimentos e morreu no local, no domingo (7).

Na manhã de quarta-feira (10), dois homens, Thiago Cesar Carvalho, que era ex-policial militar, e Guilherme Antônio da Costa, foram mortos a tiros e estavam em um carro do mesmo modelo e cor do veículo usado no assassinato de Marodin, um Voyage prata. O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Tito Barichello, afirmou que os crimes podem ter relação, já que as vítimas Ricardo e Thiago se conheciam.

Os casos seguem sendo investigados.

11 nov 2021, às 14h25.
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