por Daniela Borsuk
com informações de Tiago Silva, da RICtv

Nesta sexta-feira (17), a Polícia Civil do Paraná deu mais detalhes sobre a morte do jovem João Philip Gonçalves Nunes, de 23 anos, que foi espancado após ser atraído para uma emboscada armada pela ex-companheira. A mulher, Maria Eliza Moreira Marins, está foragida e usou o próprio filho, de quatro anos, para que a vítima fosse assassinada violentamente. Segundo a polícia, Maria Eliza espalhou um boato de que João havia estuprado a criança.

João Philip morava em Blumenau, em Santa Catarina, com o filho e tinha a guarda da criança. A ex-companheira teria combinado de passar uns dias com o menino e, depois de trazê-lo para Curitiba, onde morava, se negava a entregá-lo. Ainda, a mulher chegou a espalhar um boato de que o ex havia estuprado o filho, o que foi descartado em um exame realizado na criança. Após o apelo do rapaz, Maria Eliza disse que entregaria o menino para João na Vila Corbélia, no bairro Cidade Industrial de Curitiba.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Thiago Nóbrega, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), João veio com os pais de carro de Blumenau para Curitiba. Quando chegou na Vila Corbélia, Maria Eliza não atendia o celular e o rapaz começou a perguntar pela mulher e pelo filho. “Até que uma moradora falou ‘ah, a sua ex-mulher está o aguardando, vamos lá que eu vou te levar ao local onde ela está te esperando. Infelizmente ele chegou ao local e foi morto a pancadas. Quatro indivíduos com pedaços de pau o espancaram até a morte e, posteriormente, arrastaram o seu corpo para uma região de mata”, explicou Nóbrega. O crime foi registrado em 2 de dezembro, mas o corpo só foi localizado no dia seguinte.

“Os pais do João Philip estavam juntos dentro do carro, a mãe viu o filho entrando no beco, viu os rapazes com pedaços de pau saindo de dentro de um barraco, falando para ela sair de lá caso contrário ela também seria morta. Ou seja, um crime bárbaro, essa ex-companheira armou uma emboscada para não entregar o filho ao pai que tinha o direito legal de estar com a criança”,

disse o delegado.

A polícia acredita que os suspeitos acreditaram que João havia estuprado o filho, por causa de um boato que Maria Eliza espalhou na comunidade.

“Ela teve, ainda por cima, a capacidade de espalhar esse boato dentro de uma comunidade carente aonde esse tipo de situação acaba criando revolta na comunidade, caluniando o João Philip para, de algum modo, tentar a guarda da criança, mas o laudo demonstrou que essa criança nunca foi violentada. Mas o boato estava espalhado e a comunidade ali, ouvindo esse boato através da mãe, acabou criando raiva do rapaz, tanto que a morte dele foi uma morte violenta, característica de crime praticado contra estupradores”,

pontuou Thiago Nóbrega.

Maria Eliza teve a prisão temporária decretada por homicídio qualificado e subtração de incapaz, e está foragida. As investigações apontam que a mulher está se relacionamento com um traficante da região, que também pode ter envolvimento com o crime. Depois da morte de João, ela teria fugido com o atual namorado e o filho, de quatro anos, que ainda não foi localizado. A última informação que a Polícia Civil tem é de que eles teriam saído do Paraná.

Denúncias sobre o paradeiro de Maria Eliza ou do filho podem ser feitas para a polícia pelo 197 ou pelo 0800-6431-121.

(Foto: Polícia Civil)
17 dez 2021, às 14h02.

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