por Bruna Melo
com informações de Rafael Machado, da RICtv

Giovana Gonzaga, de 27 anos, foi encontrada morta e seminua no Parque Arthur Thomas, em Londrina, norte do Paraná, na última sexta-feira (31). O corpo estava em avançado estado de decomposição perto de um córrego. Sua morte é classificada como homicídio. Em entrevista à RICtv, a tia da vítima, Rita Gonzaga, disse que a sobrinha era usuária de drogas e que ficou impressionada com a violência. “O crânio dela parece quase que foi decepado no meio”, relatou.

Rita explicou que a sobrinha saiu de casa aos 12 anos. Nesta época, teria começado a vender drogas. Ela, que, agora, tinha filhas de cinco e seis anos, procurava a tia algumas vezes para fazer pedidos. Embora tivesse contato com a família, estava em situação de rua.

“Ela tinha muita vergonha. […] Ela tinha vergonha de eu ver ela na situação em que ela estava. Mas mesmo assim eu abraçava ela, fazia alguma coisa por ela tipo ‘quero uma marmita’, ‘quero comprar um chinelo'”,

conta.

A vítima teria algumas dívidas, mas não se sabe o valor ou as pessoas a quem ela devia. O delegado João Reis disse que as investigações ainda estão no início e que, mesmo com o envolvimento de Giovana com as drogas, a motivação para sua morte pode ser outra.

“Ela sempre me falava ‘tia, estou devendo um dinheiro, você vai me dar?’. É lógico, a gente não vai ficar pagando dívida de droga, mas quando a gente via que estava em situação de risco, aí eu pegava e procurava a pessoa com quem eu poderia tirar informação se era verídico ou não e passava o dinheiro para ela”,

Rita explica.

A jovem morreu por um ferimento feito por arma branca e traumatismo craniano. Seu corpo, conforme o delegado, apresentava sinais de espancamento.

“Eu trabalho na área de enfermagem há 29 anos. Eu nunca vi, mesmo no estado de putrefação em que ela estava, tal violência que foi. O crânio dela parece quase que foi decepado no meio. […] A pessoa que matou ela matou com fúria”,

Rita lembra.

Ainda conforme os relatos da tia, Giovana já havia passado por diversas intervenções, da família e de assistentes sociais. Rita tentou pedir na Justiça uma intervenção, por meio do Ministério Público, mas não conseguiu. O caso segue em investigação pela Polícia Civil.

3 jan 2022, às 14h15. Atualizado às 14h16.
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