por Mônica Ferreira
com informações de Bruna Froehner, da RICtv

Mãe da jovem Amanda Albach, de 21 anos, morta em 15 de novembro de 2021, em Santa Catarina, falou pela primeira vez sobre o crime. “Foi como se alguém tivesse enfiado uma faca no meu coração e virado”, disse Darcilma Albach, em entrevista à RICtv.

Amanda era promotora de vendas, mãe de uma menina de três anos. A jovem, que vivia em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, completaria 22 anos no dia 3 de julho.

“Todo dia eu acordo pensando nela, durmo pensando nela. Estou levando, mas não está fácil”,

desabafou Darcilma Albach.

Amanda foi para Imbituba (SC) ficar na casa de amigos. Na época, eles foram para uma festa em Jurerê Internacional, um bairro de Florianópolis (SC). Foi depois desta festa que a jovem sumiu.

Ela ligou para a mãe, avisando que tinha acabado de conseguir um carro de aplicativo para voltar, e que de madrugada estaria chegando em casa. Após a ligação, ela desapareceu e o celular ficou mudo.

Segundo o advogado Fábio de Assis, que defende a família da vítima, com uma pistola apontada para a cabeça, Amanda foi obrigada a mandar o áudio.

“Coração de mãe não se engana. Eu senti que a voz dele estava triste”,

disse a mãe da vítima sobre o áudio.

Conforme informações apuradas pela RICtv, a jovem cavou a própria cova antes de ser morta. Três suspeitos estão presos por causa do crime.

De acordo com a polícia, um dos amigos confessou o crime. O suspeito disse que matou porque Amanda tirou foto da arma dele e compartilhou com alguns amigos em redes sociais. Porém, a polícia não tem provas sobre essa informação, mas sabe que esse mesmo suspeito deu o disparo fatal.

Na terça-feira (31), vai ocorrer uma audiência de instrução do caso. “Essa primeira fase processual é importante para que os réus sejam efetivamente pronunciados. Vai vir uma sentença posterior, se eles vão ou não à júri popular. Nós como assistentes de acusação temos grandes expectativas de que todos eles vão à júri”, comentou o advogado Fábio de Assis.

A mãe da vítima espera por justiça. “A pior coisa que uma mãe pode ouvir é isso. Eu não desejo pra ninguém isso, porque é terrível. Não tem dor maior, não tem e até hoje tá doendo e vai doer para sempre”.

“Espero que eles tenham o que merecem, se dependesse de mim eu queria que eles pegaram prisão perpétua, mas como isso não é possível eu quero que eles peguem o tempo máximo para eles nunca mais fazerem isso porque não quero nenhuma mãe chorando como eu estou chorando, porque quem mata uma vez mata duas. Se eles tiverem que sair que seja bem velhinhos pra não terem força para fazer isso com o filho dos outros”,

afirmou.

Crime

O corpo de Amanda Albach foi encontrado na Praia do Sol, no município de Laguna, em Santa Catarina, no início da tarde do dia três de dezembro de 2021. A jovem estava desaparecida desde o dia 14 de novembro, quando foi vista pela última vez em na festa em Florianópolis.

Policiais civis trabalham para desenterrar a vítima, que foi localizada depois que um dos três presos pelo crime apontou o local. No dia 2 de dezembro, os suspeitos de envolvimento no sumiço e possível assassinato de Amanda, dois homens e uma mulher, foram detidos temporariamente no Rio Grande do Sul. Eles seriam conhecidos da vítima e a mulher, inclusive, uma amiga de longa data.

26 maio 2022, às 17h09.
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