por Caroline Maltaca
com informações da Agência Brasil e supervisão da editora Giselle Ulbrich

Cada imunizante contra a Covid-19 tem um tempo determinado de validade após a abertura dos vidros. A da Pfizer, por exemplo, pode ser conservada por até seis horas, a CoronaVac por até oito e a da Oxford/AstraZeneza, por 48 horas.

As doses das vacinas que sobram e que não podem ser aproveitadas no dia seguinte, por causa do prazo de validade, pertencem a famosa “Xepa da vacina”.

Por não poderem ser desperdiçadas, muitas dessas doses são aplicadas em pessoas que moram próximas às unidades de saúde, perto do horário do encerramento diário da vacinação e que não necessariamente se enquadrem nos grupos prioritários do momento. A situação tem sido comum em São Paulo, por exemplo.

Já ciente dessa situação, o Ministério da Saúde apenas recomenda que, ao final do expediente dos postos de vacinação, a xepa da vacina seja disponibilizada às pessoas próximas dos grupos prioritários.

Primeira dose garantida

A bancária Ellayne Azevedo, de Belo Horizonte, foi uma das pessoas vacinadas pela xepa da vacina. Com comorbidade, ela chegou ao posto quando o horário de distribuição das senhas já tinha encerrado.

“Foi quando ela falou: você pode até esperar, [mas] não é garantido que você seja vacinada. Agora, se porventura sobrar dose, aí você é a próxima da fila”,

relata Ellayne.

Ellayne decidiu esperar e assim conseguiu receber a primeira dose.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, só na capital paulista são aplicadas, por dia, cerca de duas mil doses remanescentes. Segundo o órgão, para saber como funciona a xepa da vacina em sua cidade, é só procurar a secretaria de saúde local.

Apesar da orientação, a prática da xepa não tem sido comum nas cidades paranaenses.

https://ric.com.br/noticias/saude/coronavirus/

7 jun 2021, às 20h24.
Mostrar próximo post
Carregando