por Caroline Maltaca
com supervisão de Adriana Justi

Desde o início da pandemia, informações distorcidas têm circulado pela internet sobre a Covid-19. Recentemente, muitas pessoas passaram a questionar sobre a eficácia dos exames que detectam o novo coronovírus e/ou outras doenças virais, como a Influenza A e B.

De acordo com as “fake news” compartilhadas, os exames que tem atestado positivo para Covid-19, na realidade, não são capazes de identificar se realmente se trata da doença. Ou seja, segundo os boatos, o resultado é manipulado, pois o paciente pode estar com H1N1 ou H3N2 e sendo tratado como um paciente da Covid.

Entretanto, a infectologista do Hospital São Vicente, localizado em Curitiba, Thatiane Nakadomari explica que tais especulações não passam de rumores. Isso porque, segundo a especialista, primeiramente, os vírus pertencem a famílias diferentes e, consequentemente, os exames detectam exatamente tais diferenças.

“Você tem a disposição os exames de antígeno, os chamados testes rápidos, que faz pelo nariz. Neles, há uma plaquinha que identifica se é Covid, Influenza A ou B. Ele não diz se é um caso de H3N2, por exemplo, mas diz qual é o vírus, pelo menos. Também tem o PCR. Há o PCR para Covid e o RT-PCR. Esse, é chamado de Painel Viral, no qual identifica todos os vírus que podem ter causado uma infecção”

explica Nakadomari.

Diante dos novos casos de Influenza, e do aumento de positivados pela Covid, médicos têm solicitado com maior frequência o teste de Painel Viral, chamado de RT-PCR. Neste, Nakadomari explica que é analisado se há a presença de partículas de diferentes vírus na bucosa nasal do paciente. Caso haja, o teste irá mostrar a genética de cada vírus encontrado.

“Tem vários tipos de vírus respiratórios, que causam sintomas gripais ou sintomas de resfriado, então, [o RT-PCR] pega um pedaço genético do vírus e identifica do qual se trata”,

diz a infectologista.

Questionada sobre a importância dos testes, Nakadomari comentou sobre o fato de ser um “sonho utópico”, querer identificar se a infecção se trata de uma Influenza, Covid, ou outra doença respiratória, apenas pelos sintomas.

Isso porque, a infectologista ressalta que com os novos casos de Ômicron, a nova variante do coronavírus, mostram que os sintomas podem ser facilmente confundidos por serem muito comuns: corisa, dor de cabeça e dor de garganta. Os sintomas não são mais atípicos como era a falta de paladar ou de olfato.

Para Nakadori, os exames são decisivos e precisos.

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11 jan 2022, às 18h25.
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