(Reuters) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta terça-feira (8) que os ataques a hospitais, ambulâncias e outras instalações de saúde na Ucrânia aumentaram rapidamente nos últimos dias e advertiu que o país está com falta de suprimentos médicos essenciais.

A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou na segunda-feira (7) que pelo menos nove pessoas morreram em 16 ataques a instalações de saúde desde o início de uma invasão russa à Ucrânia em 24 de fevereiro. A agência não apontou um responsável pelos ataques.

A autoridade de alto escalão de emergência da OMS para a Europa, Catherine Smallwood, disse em entrevista coletiva que a contagem incluía incidentes em que ambulâncias haviam sido requisitadas para outros propósitos que não a saúde de emergência.

“Vamos continuar a atualizar esses números. Eles têm aumentado muito rapidamente nos últimos dias”, disse Smallwood.

A agência estava trabalhando para fornecer rapidamente suprimentos médicos à Ucrânia, onde o oxigênio, insulina, equipamento de proteção pessoal, suprimentos cirúrgicos e produtos de sangue estão se esgotando, disse o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, na coletiva.

O fornecimento de oxigênio, vacinas infantis e conhecimentos especializados em saúde mental estavam entre as principais prioridades da OMS para a região, disse ele

Kluge também enfatizou a necessidade de dar prioridade às necessidades de saúde das mulheres, incluindo saúde materna e cuidados obstétricos de emergência, e de responder à violência sexual e baseada no gênero.

“Conflitos passados nos mostraram que meninas adolescentes, mulheres com deficiências e mulheres idosas estão na situação mais vulnerável.”

“Elas enfrentam um risco maior de sofrer ataques por pessoas fora de casa e por grupos armados, bem como violência de parceiros íntimos e abuso e exploração sexual”,

disse Kluge

(Reportagem de Manas Mishra em Bengaluru)

8 mar 2022, às 08h42. Atualizado às 13h35.
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