por Bruna Melo
com informações de Pedro Marconi, da RIC Record TV Londrina

Em Londrina, norte do Paraná, um morador de 56 anos foi impedido de tomar a segunda dose Pfizer, vacina contra Covid-19. Adilson da Silva descobriu que teve o cadastro clonado e outra pessoa já havia se vacinado em seu nome, em Arapongas. O último recurso para tentar ter a imunidade completa foi registrar um boletim de ocorrência.

Adilson conta que agendou a vacinação para o Centro de Convivência da Pessoa Idosa (CCI) da Zona Norte e foi até o local com a esposa. Ao chegar, só a mulher foi imunizada. A situação do homem estava irregular e já constava a aplicação da segunda dose. Mesmo assinando uma declaração de que não foi vacinado em Arapongas, não conseguiu regularizar.

A preocupação de Adilson, ao registrar a denúncia na Polícia Civil, é conseguir ser vacinado no prazo correto. Quando foi ao CCI, no final do mês de setembro, completavam três meses exatos da data que recebeu a primeira dose. Com o passar dos dias, a distância dos imunizantes fica cada vez maior.

“Tem que cuidar da saúde certo. E mesmo porque a empresa, hoje, exige as duas doses. Tem que apresentar a carteirinha na empresa para comprovar que você tomou a vacina”,

comenta Adilson.

A mesma questão é ponderada pelo delegado Edgard Soriani. Ele considera mais viável as secretarias de Saúde dos municípios resolverem o processo, ao invés de aguardar a solução do inquérito. Isso poderia fazer demorar ainda mais para que Adilson receba a vacina.

Procurada pela reportagem, a prefeitura de Arapongas informou que se trata de um caso homônimo, ou seja, os dois possuem o mesmo nome. “Houve um lançamento equivocado no nome de Adilson Ferreira de Souza de Londrina, enquanto que quem tomou foi Adilson Ferreira de Souza, de Arapongas. RG e CPF de ambos não batem. A Prefeitura busca a confirmação desses fatos para corrigir o lançamento”, notificou.

A prefeitura de Londrina também emitiu nota sobre o caso e garantiu que “o sistema de agendamento de Londrina é seguro e eficaz”, e que a secretaria de Saúde de Arapongas não respondeu os pedidos de informação. Leia na íntegra:

Em relação ao caso do senhor Adilson Ferreira, que relatou o uso do seu CPF no município de Arapongas para aplicação de segunda dose, a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina informa que o sistema de agendamento de Londrina é seguro e eficaz, pois apontou o caso no dia 24 de setembro, quando o referido CPF foi identificado no banco de dados do Ministério da Saúde com a informação de duas doses já aplicadas. A Secretaria de Saúde de Londrina já oficiou a Secretaria de Saúde de Arapongas em 29 de setembro, para saber mais informações sobre a aplicação da vacina registrada no CPF do senhor Adilson Ferreira. Até o momento, não recebeu retorno. O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, informou que está cobrando a resposta do Município de Arapongas, para elucidar o motivo da divergência no sistema nacional, solucioná-la e prosseguir com a liberação de agendamento em Londrina para o senhor Adilson Ferreira.

Atualização: A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina informou, no final da noite desta sexta-feira (8), que foi informada pela prefeitura de Arapongas que, de fato, houve erro cadastral. Foi agendado para que Adilson tome a segunda dose neste domingo (10), pela manhã.

https://ric.com.br/noticias/coronavirus/

8 out 2021, às 12h50. Atualizado em: 9 out 2021 às 08h37.

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