Dra. Virgínia é absolvida de acusação de eutanásias no Hospital Evangélico
O caso chocou o país em 2013; a médica, além de absolvida, teria ganhado ação indenizatória de R$ 4 milhões
A médica Virgínia Soares de Souza, que chefiava a UTI do Hospital Evangélico de Curitiba e foi, em 2013, acusada de ter praticado eutanásia em sete pacientes, foi absolvida nesta quinta-feira (20).
A informação foi divulgada pelo advogado de Virgínia, Elias Mattar Assad, e confirmada pelo RIC Mais. Amanhã (21), às 10h, haverá uma coletiva de imprensa para mais esclarecimentos do caso, e a própria médica estará presente.
Segundo o texto veiculado pelo advogado, o Juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Júri de Curitiba, “julgou improcedente/inadmissível a denúncia, absolveu sumariamente e impronunciou a médica Virgínia entendendo que o processo deve ser encerrado, sem necessidade de julgamento pelo júri popular”.
A médica também foi, de acordo com o comunicado, absolvida pelo Conselho Regional de Medicina, informação ainda não confirmada pela reportagem.
Virgínia teria, ainda, ganhado uma ação indenizatória de R$ 4 milhões contra o hospital.
O caso de Virgínia se tornou público com denúncias de familiares de pacientes e de ex-funcionários do Hospital Evangélico. Essas denúncias, somadas à investigação do Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde, apontaram sete mortes por asfixia com medicamento que interrompia a respiração e por diminuição do índice de oxigênio em respiradores artificais.
Em julho de 2016, análise de perícia feita Ministério Público apontou excesso de medicamentos como bloqueadores musculares, analgésicos e sedativos, o que teria acelerado a morte dos pacientes.
A defesa manteve a alegação de que as práticas de Virgínia na UTI foram “atos típicos de medicina intensiva, vinculados todos à literatura médica – protocolos nacionais de anestesiologia, de medicina intensiva e de farmacologia”, como declarou Elias Assad em uma fala à RICTV.