WASHINGTON (Reuters) – Uma vacina da Covid-19 especificamente desenvolvida para combater a variante Ômicron pode ser “prudente” mesmo se, ao final, não for necessária, afirmou o principal especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos nesta terça-feira (25), quando a Pfizer anunciou o início de testes para tal imunizante.

“Faz sentido pensar em termos de pelo menos ter de prontidão um reforço específico contra a Ômicron”, disse Anthony Fauci, principal conselheiro médico do presidente norte-americano Joe Biden e membro da Equipe de Resposta à Covid-19 da Casa Branca, ao canal MSNBC.

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“Pode ser que não precisemos dela… mas acredito que seja prudente ao menos nos prepararmos para a possibilidade de que ela possa ser uma variante persistente que tenhamos que enfrentar –mesmo se for em um nível muito baixo”,

acrescentou.

Mais cedo na terça-feira (25), a Pfizer Inc e sua parceira BioNTech SE disseram ter dado início a estudos clínicos para desenvolver uma versão da vacina contra a variante altamente transmissível que evadiu o atual regime de proteção de duas doses e levou a novas infecções.

Embora grande parte do país ainda esteja lidando com números altos de infecções da Ômicron mesmo com quedas em alguns Estados, Fauci disse que a imunidade coletiva eventualmente poderá aumentar para prevenir ondas grandes de casos como as impulsionadas por variantes até agora. 

“Eu não acredito que iremos ver isso indefinidamente”, disse, acrescentando que a Covid-19 provavelmente não será erradicada.

(Reportagem de Susan Heavey)

 

 

25 jan 2022, às 16h13. Atualizado às 16h30.
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