Nesta sexta-feira (12), o Paraná completa três meses da confirmação dos primeiros casos de coronavírus.

De acordo com o Governo do Estado, o momento é de alerta para os casos da doença, já que a curva da infecção acelerou consideralmente nos últimos 30 dias.

Casos de coronavírus disparam no Paraná; veja os dados

Conforme boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, no dia 12 de maio eram 1.906 casos confirmados e 113 óbitos em decorrência da Covid-19.

Na quinta-feira (11), o boletim mostra 8.457 infectados, um aumento de 344%.

Além disso, o número de mortos no Paraná aumentou 148%, chegando a 280 mortes. Os recuperados somam 2.887 pessoas.

Apenas no mês de junho foram 3.779 confirmações, e 99 mortes, o que fez o governador Carlos Massa Ratinho Junior reforçar a orientação para medidas de isolamento social e também sanitárias e preventivas, como uso de álcool gel, máscaras e evitar aglomerações.

“Respondemos a essa crise de maneira rápida, eficaz e responsável, mantendo o que precisava ficar aberto e recomendando isolamento social logo no começo da pandemia, o que manteve sob controle os índices. O monitoramento e tomadas de decisão são feitos diariamente. Contamos com apoio da população para ajudar a controlar a circulação do vírus, adotando medidas simples como o uso da máscara. Somente assim evitamos a adoção de uma atitude mais drástica”, acrescentou.

Curva de casos no Paraná

Os primeiros casos de coronavírus no Paraná foram confirmados no dia 12 de março. Na ocasião, a Secretaria da Saúde registrou seis infecções, mas nenhum óbito.

No dia 12 de abril, o boletim epidemiológico do órgão mostrou que o estado passou para 738 casos e 30 mortes, alcançando 1.906 casos e 113 mortes no dia 12 de maio, até chegar aos números atuais, de 8.457 casos e 280 óbitos.

De acordo com Beto Preto, Secretário de Estado da Saúde, o Governo trabalha para reequilibrar os números, evitando assim a opção por um isolamento mais severo.

“Podemos tomar a medida de confinamento, o chamado lockdown, se for necessário, apesar de todo o trabalho para que isso não aconteça. Daqui a pouco vamos ter mais pessoas internadas, mais leitos ocupados, mais gente procurando as unidades de saúde. O sistema pode, sim, colapsar se a curva continuar neste ritmo de crescimento”, ressaltou.

Apesar dos números, o secretário afirma que segue apostando no isolamento social como fator decisivo para evitar o lockdown em algumas regiões do Paraná.

“O momento é de exercer o isolamento domiciliar e o distanciamento social como verdadeiros remédios para essa pandemia”, afirmou.

Nesta quinta-feira (11), o coronavírus já alcançou 295 cidades, o equivalente a 74% do Paraná.

De acordo com a divisão regional da Secretaria da Saúde, Curitiba e RMC (2ª Regional) concentram 2.758 casos, com 996 recuperados e 109 óbitos, maior registro absoluto.

A segunda área em incidência é a de Cascavel (10ª), com 1.189 casos, 242 recuperados e 14 óbitos, e a terceira é a de Londrina (17ª), com 942 casos, 251 recuperados e 47 óbitos.

Leitos

Ao todo, o Paraná mantém uma taxa controlada de ocupação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos, o que atualmente gira em torno de 51%, além de enfermarias, também para adultos, de 30%.

Em relação a UTIs, o maior índice de ocupação está na macrorregião oeste, que abriga Cascavel, Pato Branco e Foz do Iguaçu, entre outros municípios. A taxa é de 67%. 

Já em relação a enfermarias, a macrorregião çeste, responsável pelo Litoral e Região Metropolitana de Curitiba, apresenta ocupação de 37%.

12 jun 2020, às 11h02.
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