por Gabriel Azevedo
com informações da Agência Brasil

O presidente da Colômbia, Iván Duque, decidiu reforçar a presença militar nas fronteiras para evitar um aumento no contágio pelo novo coronavírus. O estado colombiano do Amazonas, que faz fronteira com o Brasil, é o mais atingido pela doença no país. A principal preocupação é a contaminação por populações flutuantes, aquelas que transitam de um país para o outro em zonas de fronteira.

A Colômbia tem, até o momento, mais de 12 mil casos confirmados de contaminação pela Covid -19 e 493 mortes. O Brasil registra mais de 178 mil casos e 12.461 mortes. É o país mais assolado pela Covid da América Latina.

Na Colômbia, a população está em isolamento desde 24 de março, duas semanas após a detecção do primeiro caso de covid- 9 no país.

Outros países

O Brasil faz fronteira com Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela e Colômbia, Argentina e Uruguai, Paraguai, Bolívia e Peru. Todos os vizinhos colocaram alguma restrição a entrada de brasileiros no território.

Na sexta-feira (8), o presidente paraguaio Mario Abdo Benítez, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro, disse que não tem previsão para a reabertura das fronteiras.

“Com o que o Brasil está vivendo, não passa por nossa cabeça a reabertura das fronteiras, já que talvez seja um dos lugares (o Brasil) onde há maior circulação da covid-19 e isso é uma grande ameaça para nosso país”, disse Abdo Benítez.

Na Argentina, o presidente Alberto Fernández, disse que o Brasil é um mau exemplo no combate à Covid-19.

“Os que (deram prioridade à atividade econômica) acabaram juntando mortos em caminhões frigoríficos e enterrando (corpos) em fossas comuns”, disse Fernández recentemente sobre o Brasil.

O estado do Paraná faz fronteira com Argentina e Paraguai. Os dois países não têm previsão para reabertura por causa da situação no Brasil.

Brasil

No dia 19 de março, o governo brasileiro publicou uma portaria restringindo a entrada de estrangeiros pelas fronteiras com países sul-americanos, para evitar a contaminação e a disseminação do novo coronavírus. A restrição incluía o Suriname, a Guiana Francesa, a Guiana, a Colômbia, a Bolívia, o Peru, o Paraguai e a Argentina. A medida foi recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em nota técnica elaborada pela equipe do órgão.

Durante a posse de Nelson Teich como ministro da Saúde, no dia 17 de abril, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a abertura das fronteiras. Mas nenhum país da América do Sul manifestou o mesmo desejo.

 

13 maio 2020, às 00h00.
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