(Reuters) – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira realização no Brasil de ensaio clínico de uma candidata a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela empresa norte-americana HDT Bio Corp em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Cimatec), da Bahia, e a empresa Gennova Biopharmaceuticals, da Índia.

A candidata a vacina é baseada na tecnologia de RNA replicon auto amplificante, capaz de codificar a proteína Spike (S) do novo coronavírus, de acordo com a agência regulatória.

“O desenvolvimento pré-clínico e clínico da vacina faz parte de um plano global que está sendo realizado em três países: Estados Unidos, Brasil e Índia. No Brasil, a parceria conta com o apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI). O acordo prevê a transferência do conhecimento e da tecnologia da vacina para o Brasil, via Senai Cimatec”, disse a Anvisa em nota.

O estudo no Brasil, de Fase 1, será realizado com voluntários com idades entre 18 e 55 anos no Hospital da Bahia, em Salvador. Outro ensaio clínico de Fase 1 do imunizante experimental será realizado nos Estados Unidos.

Mais cedo, a Inovio Pharmaceuticals Inc informou que começará um grande estudo de sua vacina experimental contra a Covid-19 no Brasil após também ter recebido autorização da Anvisa.

No início deste ano, a Inovio decidiu realizar o segmento de eficácia de seu teste de estágio intermediário para avançado fora dos Estados Unidos depois que a Agência de Alimentos e Medicamentos norte-americana (FDA) suspendeu parte do estudo naquele país para obter mais informações sobre o mecanismo de administração da vacina.

Após a decisão da FDA, o governo dos EUA cortou o financiamento da parte final do estudo devido à disponibilidade de vacinas no país.

A Inovio realizará o teste global de eficácia em parceria com a chinesa Advacina Biopharmaceuticals em áreas do mundo necessitadas de vacinas contra Covid-19, disse a empresa em um comunicado.

Sem remédios aprovados no mercado, a Inovio recebeu até agora US$85 milhões de fundos combinados da Coalizão de Inovações de Prontidão Epidêmica, da Fundação Bill & Melinda Gates e do Departamento de Defesa dos EUA para o desenvolvimento e a fabricação da INO-4800.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro, e Mrinalika Roy, em Bengaluru)

26 ago 2021, às 14h21. Atualizado às 14h55.
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