Durante a entrevista que concedeu na manhã desta quarta-feira (22) no Jornal da Manhã PR, da rádio Jovem Pan, o secretário de Estado da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, comparou os dois momentos em que esteve à frente da pasta. Assim como em 2015, Mesquita assumiu o cargo neste ano após uma situação de crise

“Tirando quem começa um governo, na montagem do governo, ninguém assume a pasta se segurança pública em um momento bom. Ninguém recebe como prêmio a saída da segurança. Então normalmente é um momento de crise, é natural da pasta. Temos que encarar desse jeito, tentar sempre buscar o aspecto positivo. Mas posso lhe dizer que estruturalmente o momento de hoje é muito melhor do que aquele momento de 2015”, v

declarou o secretário.

Neste ano, a efetivação do cargo aconteceu no final de abril, logo após o ataque à cidade de Guarapuava. Mesquita, que estava na direção-geral do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), entrou no lugar do Coronel Romulo Marinho Soares. Já em 2015, o Policial Federal assumiu a pasta no lugar de Fernando Francischini, em maio, logo após a confusão com professores em frente ao Palácio Iguaçu.

“Em 2015 o estado não tinha dinheiro para pagar o salário dos servidores, se não tivesse quebrado os fundos de pensão não iria ter o salário para pagar. A PM não tinha viatura para fazer patrulhamento preventivo, não tinha viatura para chegar quando a população chamava o 190. Caixas eletrônicos, tinham mais de uma explosão de caixa por dia, eram 400 ocorrências, quadrilhas espalhadas pelo Brasil inteiro, inclusive no Paraná. Tínhamos a maior investigação de corrupção do país aqui em Curitiba. A cidade era a capital do Brasil em relação a isso. Na sequência tivemos manifestações populares gigantescas, contra o governo federal e a favor do governo, então foi um momento muito difícil que a secretaria foi desafiada em vários momentos”,

avaliou o secretário sobre o momento da gestão de 2015, que tinha como governador Beto Richa.

Apesar de assumir que novamente chegou à pasta em um momento de crise, Mesquita revelou que a questão estrutural é “muito melhor”. “Hoje em dia, os desafios persistem, mas nós temos concurso em andamento, nós temos viaturas, nós temos estrutura, vários projetos, construção de presídios, não temos mais 12 mil presos em delegacia, enfim, os desafios persistem, mas estruturalmente estou otimista”, comentou.

O secretário ainda revelou que o projeto à frente da pasta na atual gestão inclui tecnologia, integração e operações. Confira as declarações:

22 jun 2022, às 11h04.
Mostrar próximo post
Carregando