O ex-juíz e ex-ministro Sérgio Moro, que acaba de trocar o Podemos pelo União Brasil, declarou que não desistiu de nada, referindo-se à corrida ao Planalto. Ele fez um pronunciamento oficial, no fim da tarde desta sexta-feira (01), dizendo que será necessário unir todo o centro democrático para que consigam combater os extremos (Lula e Bolsonaro).

Pra isso, conclamou nominalmente Luís Felipe Dávila (Novo), João Dória (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Simone Tebet (UB), André Janones (Avante) e demais lideranças partidárias para que tenham o desprendimento necessário, o mesmo que ele teve ao deixar o Podemos, para que isso aconteça, ou seja, que todos se unam em aliança.

Apesar de convocar todos estes nomes, Moro não confirmou, e nem descartou que será candidato à presidência. Assim, ele deu a enteder que, se o quiserem candidato, ele será. Se quiserem outro nome, ele concordará em prol do seu “projeto para o Brasil”, como tem dito desde que entrou para a política.

Não tenho ambição por cargo. Se tivesse, teria permanecido juíz ou ministro. Também não tenho necessidade de foro privilegiado, algo que tenho combatido”,

disse ele.

A única coisa que Moro confirmou com firmeza é de que não será candidato a deputado federal.

Entrada no União Brasil

Moro ainda disse que “muitos estão desapontados” (por causa da sua saída repentina do Podemos, que o alçaria como candidato à presidência da República), e que “outros estão com medo de se insurgirem. Mas devemos evitar a resignação”, disse ele.

Para a formação deste centrão democrático, ele convocou até o Podemos, de onde saiu na quinta-feira (31). Agredeceu à presidente do partido, Renata Abreu, por terem viabilizado a caminhada dele até o momento.

O Podemos sentiu-se traído pela saída repentina da sigla. Em nota oficial, Renata Abreu disse que o Podemos fez tudo o que podia para viabilizar uma pré-candidatura robusta a Moro e lamentou que, nos “45 minutos do segundo tempo”, o ex-juiz tenha escolhido um partido com um fundo partidário incomparavelmente mais vultuoso.

Sobre a saída do Podemos, Moro disse que:

“Meu movimento político exigiu desprendimento e humildade. Não foi uma escolha fácil, mas sinto-me agora mais fortalecido ao lado de grandes forças políticas. Fui a primeira liderança a realizar a união do centro democrático. E precisamos de outros atos de desprendimento“,

disse o ex-juiz, citando seus “rivais” de outros partidos.

1 abr 2022, às 18h39.
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