por Isadora Deip
com supervisão de Giselle Ulbrich

Professores e juristas ligados à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP) publicaram, no dia 26 de julho, um manifesto em defesa da democracia, que alcançou mais de 900 mil assinaturas até o momento. O documento, chamado de “Carta pela Democracia”, foi aderido por artistas, empresários, centrais sindicais e associações que reúnem bancos e o setor industrial.

O manifesto, que pode ser assinado por este link, demanda o respeito ao processo eleitoral, à separação dos três poderes e ao Estado Democrático de Direito, alegando que as eleições brasileiras, com o processo eletrônico de apuração, têm servido de exemplo por todo o mundo.

“Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral” ,

diz o documento.

A inspiração para o manifesto é a Carta pela Democracia de 1977, quando um texto de repúdio à Ditadura Militar foi publicado pelo jurista Goffredo Silva Telles. “A lição de Goffredo está estampada em nossa Constituição: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”, destaca o documento.

Segundo um dos organizadores da iniciativa, o procurador-geral do Ministério Público de Contas de São Paulo, o manifesto foi alvo de tentativas de ataques hackers. No entanto, a FDUSP afirmou pelas redes sociais que “todas as tentativas de ataques hackers à ‘Carta às Brasileiras e aos Brasileiros – Estado Democrático de Direito Sempre’ estão sendo monitoradas pela equipe técnica da USP e pela equipe técnica responsável pela coleta de assinaturas”.

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12 ago 2022, às 06h00. Atualizado às 13h30.
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