(Reuters) – O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse nesta quinta-feira (7) que a Ucrânia havia apresentado a Moscou um projeto de acordo de paz que continha elementos “inaceitáveis”, mas que a Rússia continuaria as conversações e pressionaria para assegurar suas próprias exigências.

O Kremlin disse que as conversações de paz entre Moscou e Kiev não estão progredindo tão rapidamente quanto gostaria e acusou o Ocidente de tentar fazer descarrilar as negociações com alegações de crimes de guerra contra a Rússia, o que Moscou nega.

Lavrov disse nesta quinta-feira que a Ucrânia havia apresentado um projeto de acordo de paz à Rússia na quarta-feira (6), mas que estava fora das propostas que ambos os lados haviam acordado anteriormente.

“Tal incapacidade de concordar mais uma vez ressalta as verdadeiras intenções de Kiev, sua posição de arrastar e até minar as conversações, afastando-se dos entendimentos alcançados”,

disse Lavrov, acrescentando que as propostas de Kiev eram “inaceitáveis”.

Não houve nenhum comentário imediato da Ucrânia. Kiev diz que as conversações são necessárias, mas não está disposta a abdicar de sua soberania e integridade territorial.

A Rússia enviou dezenas de milhares de tropas à Ucrânia em 24 de fevereiro, no que chamou de uma operação especial para degradar as capacidades militares de seu vizinho do sul e expulsar pessoas que chamou de nacionalistas perigosos.

As forças ucranianas montaram uma forte resistência e o Ocidente impôs sanções firmes num esforço para obrigar a Rússia a retirar suas forças.

(Reportagem da Reuters)

7 abr 2022, às 09h17. Atualizado às 13h37.
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