Por Stephen Farrell e Alistair Smout

JERUSÁLEM/LONDRES (Reuters) – A ministra do Interior do Reino Unido, Priti Patel, disse nesta sexta-feira que o grupo militante palestino Hamas foi declarado ilegal, uma medida que alinha a postura britânica aos Estados Unidos e à União Europeia em relação aos governantes de Gaza.

“O Hamas tem recursos terroristas significativos, inclusive o acesso a armamentos variados e sofisticados, além de instalações de treinamento terrorista”, disse Patel em um comunicado.

“É por isso que hoje ajo para proscrever o Hamas em sua totalidade”.

A organização será banida de acordo com a Lei de Terrorismo e significa que qualquer pessoa que expresse apoio ao Hamas, hasteie sua bandeira ou organize encontros para a organização estará violando a lei, confirmou o Ministério do Interior. Patel deve apresentar a mudança ao Parlamento na semana que vem.

O Hamas, cujo nome completo é Movimento de Resistência Islâmica, tem facções política e militar. Fundado em 1987, ele se opõe à existência de Israel e a conversas de paz, defendendo uma “resistência armada” à ocupação israelense de territórios palestinos.

Até agora, o Reino Unido só havia proscrito sua facção militar, as Brigadas Izz al-Din al-Qassam.

Sami Abu Zuhri, uma autoridade política do grupo, disse que a medida britânica mostrou um “viés absoluto a favor da ocupação israelense e é uma submissão à chantagem e aos ditames israelenses”.

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, saudou a decisão em um tuíte: “O Hamas é uma organização terrorista, dito simplesmente. A ‘facção política’ possibilita sua atividade militar”.

(Por Stephen Farrell em Jerusalém e Aistair Smout em Londres; reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi em Gaza)

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19 nov 2021, às 14h06. Atualizado às 14h16.
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