por Giselle Ulbrich
com informações de Rubens Chueire, produtor do Jornal da Manhã, da Jovem Pan

Falta exatamente um mês para o encerramento dos contratos com as concessionárias de pedágio. Até o momento, porém, a população ainda não sabe ao certo como ficarão os serviços de manutenção e emergência nas rodovias estaduais e federais do Paraná, já que o leilão que definirá as novas concessionárias só ocorrerá no terceiro trimestre de 2022.

Apesar da incerteza sobre quem fará a manutenção das rodovias e atenderá os acidentes, o secretário-chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva, afirmou em visita à RIC Record TV, nesta quarta-feira (27), que haverá uma coletiva de imprensa na semana que vem, apresentando à população estes detalhes. Ele garante que o Estado está organizado e que a população não ficará sem auxílio nas rodovias.

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“Temos um plano de transição que será divulgado em alguns dias. É natural que a situação gere ansiedade, depois de tantos anos das concessionárias prejudicando o Paraná. Mas nossas equipes estão todas mobilizadas, criando alternativas de manutenção e emergência para dar tanquilidade à população. Tudo dentro do tempo certo”,

afirmou Silva à produção do Jornal da Manhã da rádio Jovem Pan, garantindo que, a partir das 0h do dia 28 de novembro, o usuário das rodovias não ficará desprovido de manutenção e socorro.

Ele ressalta que “não haverá descompasso” e que o governo estadual terá condições de manter todas as operações e “o bem mais precioso, a vida”, nas palavras do secretário, ainda mais nesta época de festas de fim de ano, férias escolares e escoamento de safra, quando as estadas estão mais cheias.

Ao contrário do que já foi afirmado por algumas autoridades, Silva não descartou a possibilidade de as atuais empresas de pedágio continuarem operando até o leilão, sem cobrar pedágio, como forma parcial de ressarcirem os cofres do Estado pelas obras previstas em contato e não entregues. Esta é, por exemplo, uma possibilidade que está em negociação na Justiça entre o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e a empresa Caminhos do Paraná, que é a concessionária que mais obras deixou de realizar.

Mas como a discussão judicial ainda pode demorar, Silva afirma que o Estado tomou frente para organizar outras frentes. Um leilão de rodovias já foi realizado pelo DER (rodovias estaduais) e pelo Minstério da Infraestrutura (rodovias federais) para encontrar empresas interessadas na manutenção das rodovias, até serem definidas as novas concessionárias. Já os atendimentos de emergência, Ratinho Júnior ventilou, numa entrevista coletiva em agosto, que esta necessidade poderia ser suprida pelo Corpo de Bombeiros e pelas Polícias Rodoviárias Estadual e Federal.

Guto Silva ainda explicou porquê o leilão passou por mudança de data. Ele deveria ocorrer em abril ou maio do ano que vem e foi adiado para o terceiro trimestre de 2022.

“Foram colhidas muitas sugestões da Assembleia Legislativa, da população e da sociedade organizada. Tudo precisa ser avaliado pelo Ministério dos Transportes e validado pelo Tribunal de Contas da União. E tudo precisa de um tempo para os ajustes finos, os termos pontuais que foram temas de debates. O volume de informações foi grande e precisa tempo para processá-las“,

explicou Silva.

27 out 2021, às 23h26. Atualizado em: 28 out 2021 às 16h36.
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