por Daniela Borsuk
com informações do MPPR

Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quinta-feira (14) na Operação Minacia, que apura supostas ameaças dirigidas ao presidente da Câmara Municipal de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação foi realizada pelo Ministério Público do Paraná, por meio do núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Corregedoria-Geral da Polícia Militar.

De acordo com o MPPR, as ameaças seriam motivadas por investigações de Comissão Especial de Inquérito e Comissão Parlamentar de Inquérito instauradas no Legislativo Municipal para apurar possíveis irregularidades cometidas pelo Executivo.

Conforme o MPPR, em agosto, durante uma sessão da Câmara, foi reproduzido um trecho de áudio em que uma pessoa dizia: “Uma pessoa que veio aqui em casa que é bandida e foi contratada para dar um tiro na cabeça do Maringá [apelido do presidente da Câmara] até o final do ano”. Uma vereadora que já ocupou o cargo de secretária municipal e também é investigada em uma das Comissões confirmou que a voz na gravação seria sua, o que motivou o encaminhamento de um pedido de apuração dos fatos ao Ministério Público.

Expedidos pelo Juízo da Vara Criminal de Fazenda Rio Grande, os mandados foram cumpridos na residência e no local de trabalho da vereadora investigada e de um policial militar da reserva, nomeado servidor comissionado da Prefeitura de Fazenda Rio Grande, que teria comparecido armado a uma sessão de uma das Comissões de Inquérito.

No cumprimento dos mandados, foram apreendidos documentos, aparelhos de telefone celular e computadores, que serão analisados no curso das apurações. São investigados os possíveis crimes de ameaça (minacia, em latim), a eventual existência de um plano para atentar contra a vida do presidente da Câmara, assim como coação no curso do processo.

14 out 2021, às 14h29.
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