WASHINGTON (Reuters) – Descendentes do líder de direitos civis assassinado Martin Luther King Jr. e seus apoiadores começaram a marchar em Washington nesta segunda-feira (17) para exigir do presidente norte-americano, Joe Biden, e dos democratas que aprovem o projeto de lei que protege os direitos de voto.

Como parte da anual Caminhada pela Paz do Dia de Martin Luther King Jr., os familiares do líder e mais de 100 grupos de direitos civis nacionais e locais planejavam passar pela Ponte Memorial Frederick Douglass, no centro de Washington.

A passeata ocorre após uma semana decepcionante para os democratas que viram Biden ir ao Capitólio para insistir a seus colegas do Senado que mudassem as regras da Casa a fim de superar a oposição republicana –que é contrária ao projeto– apenas para ser fortemente rejeitado por dois democratas centristas que efetivamente detêm poder de veto.

Em um comício nesta segunda-feira antes da passeata, o filho de King, Martin Luther King III, elogiou os democratas do Congresso por aprovarem uma ampla lei de infraestrutura no ano passado, mas implorou a eles que aprovem a legislação que protege o direito ao voto.

O projeto amplia o acesso à votação pelo correio, fortalece a supervisão federal das eleições em Estados com histórico de discriminação racial e endurece as regras para financiamento de campanha. Apoiadores democratas dizem que é necessário combater uma onda de novas restrições ao voto aprovadas em Estados controlados pelos republicanos que, segundo observadores eleitorais, dificultariam o voto de eleitores de baixa renda e minorias.

As novas restrições têm surgido na esteira das falsas alegações do ex-presidente Donald Trump de que sua derrota nas eleições de 2020 foi resultado de uma fraude generalizada.

O principal democrata do Senado, Chuck Schumer, tem dito que a Casa analisará o projeto na terça-feira, um atraso em relação ao seu plano anterior de votar o projeto até segunda-feira, dia do feriado nacional em homenagem a King.

King III, sua esposa, Arndrea Waters King, e sua filha Yolanda Renee King, estão liderando a marcha.

Os republicanos, que detêm metade dos 100 assentos no Senado norte-americano, estão unidos em oposição ao projeto, que alegam ser uma tomada de poder partidária. Isso deixa a Biden e Schumer apenas um caminho para aprová-lo: convencer o senador Joe Manchin e a senadora Kyrsten Sinema, democratas de centro, a mudarem a regra de obstrução da Casa, que exige que pelo menos 60 senadores concordem com a maioria das leis.

(Reportagem de Jan Wolfe em Washington e Nathan Layne em Wilton, Connecticut)

17 jan 2022, às 13h52. Atualizado às 14h08.

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