Depois de um racha interno do Partido Social Democrático (PSD), finalmente a sigla entrou em entendimento e escolheu o deputado estadual Tiago Amaral para assumir a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

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Ele concorreu com o deputado Luiz Claudio Romanelli, que por legislaturas seguidas vem ocupando a presidência da CCJ, a comissão de maior destaque da casa e a que dá muita visibilidade a quem faz parte dela. Ambos os “concorrentes” falaram sobre a escolha.

Vez dos novatos

Tiago Amaral disse que o momento é de dar voz às novas lideranças, à nova geração de políticos que está chegando. “Os mais jovens devem ocupar os espaços. A sociedade vem mudando, evoluindo, Imaginar que novas lideranças não terão espaço é equivocado. Romanelli é um gigante, referência para todos e um grande orientador do meu trabalho. É um homem de enorme grandeza e entendeu o momento que estamos passando”, disse Amaral, sobre Romanelli ter aberto mão da presidência da CCJ em prol do deputado mais novo.

Nos bastidores, disse o deputado Ademar Traiano, a conversa é que Amaral quer se candidatar a prefeito de Londrina daqui a dois anos. E para se manter com bastante visibilidade pelos próximos meses, trabalhou para angariar apoio para se tornar presidente da CCJ. Ele não confirmou, mas também não negou a manobra e a intenção.

“Qual londrinense não teria orgulho de ser candidato ou prefeito da cidade, a segunda maior do Paraná? Tenho paixão pela minha cidade. Claro que as posições que a gente vai alcançando ao longo do processo podem nos dar mais visibilidade e força para construir o que a gente acredita. Mas não digo que isso (presidência da CCJ x candidatura a prefeito) tem relação”, afirmou Amaral, que disse que pretende “qualificar” o processo legislativo diante da CCJ.

A informação que segue pelos corredores da Alep é a que, por ter aberto mão da presidência da CCJ, Romanelli foi presenteado com a liderança do PSD na Assembleia, além da presidência da Comissão de Orçamento e Finanças, outra comissão importante da casa, mas não com a visibilidade da CCJ.

O arranjo seria por “pouco” tempo, só até Tiago sair para ser candidato a prefeito daqui menos de dois anos, quando Romanelli voltaria à presidência da CCJ.

“Optei pelo bem estar comum”

Romanelli se pronunciou sobre a escolha do seu partido em favor de Amaral. Disse que todo racha interno prejudica o processo político como um todo e, por isto, decidiu abrir mão da presidência da CCJ.

“Como tenho trajetória de muito tempo no parlamento e havia a aspiração do Tiago de presidir a CCJ, eu achei por bem, neste momento, dar espaço para ele presidir a comissão. Muito embora eu tivesse maioria dos partidos integrantes da CCJ, mas como é aspiração dele e ele é preparado, eu achei por bem abrir mão”, explicou Romanelli nesta segunda-feira (13).

13 fev 2023, às 19h28.
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