Fala, Marc!

por Marc Sousa

O anúncio da desistência de João Doria (PSDB) à presidência da república pode provocar mudanças no destino de César Silvestri Filho (PSDB) que é pré-candidato ao governo do Paraná. O próprio Silvestri admite que a novidade pode ter impacto estadual. “É cedo para afirmar como isso vai repercutir na prática, mas existe a possibilidade disso ter algum reflexo”, afirmou à Jovem Pan News Curitiba.

A principal dúvida é como o MDB paranaense vai se comportar. A legenda faz parte da base do governador Ratinho Júnior (PSD) e já anunciou publicamente que deve apoiar ele na reeleição.

“Agora que o partido não tem mais um candidato próprio do PSDB, a nossa posição aqui vai depender muito de como as coisas vão evoluir no estado. De como o próprio MDB vai priorizar e conduzir a sua própria candidatura, de que maneira eles vão procurar construir isso conosco”,

avalia Silvestri.

A candidatura de Silvestri já sofreu um esvaziamento com a posição do Cidadania, que nacionalmente formou uma confederação com os tucanos, mas localmente também deve apoiar Ratinho. O deputado federal Rubens Bueno, umas das principais lideranças do Cidadania no Paraná, diz publicamente, por exemplo, que prefere Ratinho à Silvestre.

Para integrantes da cúpula tucana no estado, a legenda terá que rediscutir sua estratégia na candidatura ao governo. Ouvidos pela coluna, dois deles avaliam que a desistência de Doria vai ajudar na construção de uma unidade do PSDB e que esse momento tem que ser aproveitado para reconstruir o partido, e isso passa por eleger grandes bancadas no Congresso e na Assembleia. Eles lembram que uma candidatura a governo consome muitos recursos partidários, e que, talvez, seja o momento de direcionar toda a força para candidaturas de deputados estaduais e federais.

23 maio 2022, às 15h21. Atualizado às 15h43.
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