Começou nesta quinta-feira (22), por volta das 10h, o julgamento criminal de quatorze ex-policiais rodoviários estaduais que foram flagrados quando cobraram propina em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, durante uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ocorrida em 2018. 

Ao todo, são 15 réus no processo, mas um não será julgado porque seu advogado de defesa não pôde comparecer nesta quinta. Todos respondem em liberdade.

A audiência acontece no Tribunal do Júri de Curitiba e o júri é composto por quatro juízes militares definidos por sorteio (um major, um capitão e dois tenentes) e um de direito. A previsão é de que o julgamento dure dois dias. 

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP/PR), os policiais rodoviários estaduais recebiam dinheiro de motoristas para não multarem veículos com irregularidades.

Entre as provas apresentadas estão filmagens dos acusados dividindo dinheiro e recebendo dinheiro de motoristas, escutas e mensagens telefônicas e até imagens gravadas por um investigador infiltrado em um ônibus de sacoleiros que registrou o momento em que os PMs recebiam 

Eles são acusados pelos crimes de concussão, peculato, organização criminosa, falsidade ideológica, prevaricação e violação do sigilo funcional. 

Expulsos da PM

Segundo o advogado Luciano Katarinhuk, que defende um dos réus, em julho de 2020, 13 deles foram expulsos da corporação após julgamento administrativo, uma policial solicitou baixa do cargo e outro foi absolvido.

Na ocasião, o Comando-Geral da Polícia Militar do Paraná julgou conclusivas as provas apresentadas, pelo Gaeco, contra os policias. Eles foram desligados por atos infracionais contra a honra e o decoro da PM.

Ainda conforme Katarinhuk, os 13 PMs excluídos ainda recebem remuneração já que estão recorrendo a decisão.

22 jul 2021, às 16h21. Atualizado às 17h19.
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