por Daniela Borsuk
com RIC Record TV

Um menino, de apenas três anos, morreu após dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cianorte com marcas de agressão e abuso sexual nesta quinta-feira (25). O padrasto, de 30 anos, que levou a criança até a unidade de saúde, foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos. A mãe do menino também está na delegacia, dando depoimento.

A Polícia Militar foi acionada depois que a equipe médica da UPA percebeu claros sinais de agressão na criança, que tinha hematomas nos pés, na barriga e no tórax, além de laceração no ânus, que confirma que o menino foi violentado sexualmente. Ele chegou ao local em parada cardiorrespiratória e a equipe da UPA tentou reanimar o paciente por cerca de 30 minutos, mas não teve sucesso.

Além disso, conforme o secretário de Defesa Social do município, Elias Ariel de Souza, os profissionais de saúde observaram que alguns dos hematomas tinham tons esverdeados, o que indica que a violência já vinha acontecendo anteriormente, em outras ocasiões. O corpo do menino foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), que deve apurar todas as lesões.

“O fato realmente é absolutamente lamentável, monstruoso, mas fica um alerta, a gente aproveita essa oportunidade que vocês nós dão para fazer esse alerta para toda a população: o abusador é sempre uma pessoa muito próxima, a criança não consegue reagir, é o inocente, a parte mais fraca nesse processo”.

Descreveu o secretário.

A Polícia Civil também foi acionada e investiga quem seria o responsável por agredir e abusar sexualmente do menino. De acordo com Souza, a mãe da criança saia para trabalhar por volta das 4h30 da madrugada e o menino ficava com o padrasto durante o período. Depois, a vó também cuidava do garoto, a partir das 7h.

A mãe e o padrasto do menino moravam na cidade há cerca de um ano. Diante do crime, o secretário de Defesa Social ainda fez um apelo para que a população denuncie casos de violência contra crianças e adolescentes.

Secretário de Defesa Social, Elias Ariel de Souza (Foto: Reprodução/ RIC Record TV)

“É importante que todos, todas as pessoas que tenham algum conhecimento, alguma notícia, que observam algum sinal na escola, no círculo de amigos, os próprios vizinhos, que uma criança submetida a uma violência desse tamanho chora, tem reações, então é preciso que as pessoas busquem essas informações, estejam atentas aos movimentos e informem as autoridades competentes.”

Atualização

A equipe do Balanço Geral Maringá, da RIC Record TV, conversou com a mãe da criança ainda nesta manhã. Desolada, a mulher disse que, quando saiu pela manhã, a criança não tinha nenhuma marca de agressão. Ela ainda contou que nunca havia percebido nenhuma atitude estranha do companheiro, mas que o filho dizia ter muito medo do homem e que não queria que ele o colocasse de castigo.

Mãe do menino agredido mostrou foto da criança para a equipe do Balanço Geral Maringá (Foto: Reprodução/ RIC Record TV)

Além disso, o que chama a atenção da Polícia Civil, foi o fato do padrasto ter dado banho na criança antes de levá-la até a UPA para receber atendimento médico. Ele chegou na unidade por volta das 6h da manhã desta quinta-feira (25), relatando que o menino tinha passado mal.

A criança foi identificada como Cristofer Matos, de três anos.

25 mar 2021, às 13h12. Atualizado às 14h11.
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