Se você já teve alguma explosão de raiva e depois se arrependeu, se você já ficou ruminando a raiva por alguma situação, ou teve uma crise de choro, esta série de artigos é para você!

Eu diria que este conteúdo é para todos nós! Até uns 10, 15 anos atrás, as crianças não tinham educação emocional nas escolas. Ainda hoje são raras as escolas que oferecem esta possibilidade. E quando as crianças chegam na adolescência e seus corpos são inundados de hormônios, as emoções borbulham e elas não sabem como gerenciá-las.

Na vida adulta, em intensidades diferentes, também não sabemos gerenciá-las…

Mas a boa notícia é que é possível treinar para fazer isso!
E é por isso que estamos aqui!

Para conhecer as práticas que te levarão à treinar e desenvolver a sua Inteligência Emocional, é preciso primeiro, conhecer um pouco mais sobre este assunto.

A expressão Inteligência Emocional foi criada por Daniel Goleman no começo da década de 90. É… já faz tempo! Um livro enorme, mas muito revelador com as pesquisas deste Doutor que até hoje faz um trabalho maravilhoso para introduzir nas escolas este mesmo tema.

Mas o tema já era tratado por filósofos no começo do século passado. Um deles chamava-se Gurdjieff, que era filósofo e mestre espiritual armênio. Ele era chamado na época de “Despertador de homens”! Olha só que nome incrível! Seu maior discípulo foi Peter Ouspensky, que fez uma metáfora que adoro para explicar como é nosso mecanismo emocional.

Ele dizia que poderíamos representar este mecanismo pensando numa carruagem completa: contendo um cavalo, um cocheiro, a carruagem em si, que leva um passageiro. O cavalo representa nossas emoções. O cocheiro, nosso racional, a carruagem é nosso corpo físico, e o passageiro é nossa porção espiritual, que segundo ele, não tem nada a ver com religião. Para quem não acredita em Deus, poderia ser “a porção mais nobre do ser humano”.

Agora imagine-se numa viagem nesta carruagem! Se o seu cocheiro, que é a sua porção racional, faz um bom trabalho com as rédeas deste cavalo, este cavalo o levará para o local escolhido. Perceba que precisamos do cavalo! Não podemos eliminá-lo porque ele é a “força” que nos leva para nosso objetivo escolhido. Mas como ele tem seus instintos selvagens, se deixarmos ele com as rédeas soltas, ele pode nos levar para estradas perigosas… Talvez, estradas cheias de buracos, que poderão estragar a carruagem ou até destruí-la.

Lembre-se… a carruagem é seu corpo físico. Todas as vezes que suas emoções tomam conta da situação, vão minando seu corpo físico com excesso de hormônios, que em quantidades elevadas são tóxicos. Sua saúde vai ficando debilitada. Quantas pessoas tem dores de cabeça crônicas, gastrites, dores no pescoço e ombros… entre outras?

Seu cocheiro então tem uma função muito importante que é saber “manejar” bem as rédeas deste cavalo. Ele faz as escolhas dos melhores caminhos e direciona o cavalo por eles. Além disso, também gerencia a velocidade. Perceba que usei a palavra gerencia… E não controla. Não gosto da expressão “controle”. Porque pode dar a impressão de que temos que segurar as emoções e não deixá-las aparecerem. E não é esse o caso. Como já falamos, precisamos das emoções primeiro para dar mais “cor” para nossas vidas. E em diversas outras situações, para nos proteger por exemplo. Se não sentíssemos medo algum, nos colocaríamos várias vezes em situações de perigo e até morte.

Precisamos então é fazer com que nosso cocheiro cumpra bem sua função de deixar o cavalo usar sua energia para nos levar aonde queremos e escolhemos. E gerenciando para que ele faça isso por caminhos mais fáceis e leves.

Mas está faltando uma peça… o passageiro desta carruagem! Ele é quem escolhe o destino. Está num lugar privilegiado. Pode desfrutar da paisagem depois de ter orientado bem o cocheiro para chegar aonde escolheu. Repare também que eu disse “escolheu”. Se nossa carruagem sai sem destino definido, pode ir para qualquer lugar. E você? Já escolheu o lugar que deseja chegar?

Não é maravilhosa esta metáfora?!

Adoro começar com ela para entendermos melhor o mecanismo das emoções, como elas são essenciais, e do papel da razão em relação à elas.

Compreender é o primeiro passo para aumentar a sua Inteligência Emocional.

Acompanhe no próximo artigo desta série, a visão e sugestões de práticas feitas por Daniel Goleman.

Até lá!

Artigo escrito por Marta Cordeiro de Mello, Co-fundadora da Felicitie Inspirando Pessoas.

Site: www.felicitie.com.br – Instagram @felicitie_inspirando_pessoas

29 set 2020, às 17h05. Atualizado em: 2 out 2020 às 10h33.

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