Cerca de 150 participantes de um festa foram internados com suspeita de intoxicação alimentar em Sabinópolis, no interior de Minas Gerais, no último final de semana. Nesta segunda-feira (23), sete pessoas permaneciam hospitalizadas. 

Todos estavam em uma festa de comemoração de aniversário de uma criança e dos 41 anos de casamento dos avós da menina. Segundo informações, a comida foi preparada pela própria família e o cardápio era composto de arroz colorido, pastel de queijo, linguiça frita e bolo de aniversário.

Participantes de festa internados começaram a passar mal no início da celebração

A primeira participante da festa a passar mal foi uma sobrinha do casal de idosos, a técnica de enfermagem Patrícia Aparecida Moura, de 26 anos. Ela contou ao R7 que sentiu um mal-estar e resolveu ir ao médico, antes mesmo da família cantar “Parabéns” para os aniversariantes. Quando estava saindo da casa, a mulher soube que outras pessoas também estavam com os mesmos sintomas.

“Ninguém esperava por isso. Todo mundo começou a passar mal e foi uma confusão”, disse Patrícia.

Sintomas de intoxicação alimentar 

Os pacientes foram hospitalizados com fortes dores abdominais, diarreia e vômito. Devido a grande quantidade de participantes da festa que passaram mal, eles precisaram ser distribuídos entre um hospital em Sabinópolis e dois na cidade vizinha. 

Giselda Chaves, secretária da unidade de saúde, conta que quando o grupo chegou ao hospital de Sabinópolis, cinco profissionais estavam de plantão. Para conseguir atender a todos, foi preciso acionar os funcionários da Saúde que estavam de folga e contar com a ajuda até do Secretário de Governo do município. 

“Nós temos 42 leitos no hospital. Aqui estava tão cheio que em alguns leitos tivemos que colocar dois pacientes”, explicou Giselda. 

Cenário de “guerra” no aniversário

Denilson Barbosa, tenente da Polícia Militar, que ajudou a socorrer aos doentes na festa, conta que presenciou um cenário de “guerra”. O militar lembra que já atendeu outras ocorrências de intoxicação alimentar, inclusive em escolas, mas nenhuma delas teve tamanha proporção.

“Tivemos que arrumar ônibus e ambulâncias para transportar os pacientes para o outro hospital”, disse. 

Caso será investigado

A Vigilância Sanitária esteve no local da festa para recolher amostras da comida servida aos convidados. Segundo Rozianne Karine Dos Anjos Pinho Ferreira, chefe do órgão, há relatos de que nem todo mundo passou mal durante a comemoração. Os organizadores contaram à servidora da Vigilância Sanitária que ficaram muito tristes com o ocorrido.

“Era uma festa tradicional na região. A família diz que não fez nada de diferente”. 

O material coletado foi encaminhado para análise na Funed (Fundação Ezequiel Dias) em Belo Horizonte. Ainda não há previsão para conclusão do laudo.

23 set 2019, às 00h00.

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